Atenção para spoilers! Aconselhamos que você tenha assistido ao episódio 3 da 2ª temporada de House of the Dragon antes de continuar lendo.
Atualmente no ar na plataforma Max, a 2ª temporada de House of the Dragon está em pleno andamento. Toda semana, os fãs da série spin-off de Game of Thrones são brindados com um novo episódio dessa adaptação em grande escala do romance Fogo & Sangue, de George R.R. Martin. Que se concentra na trágica história de tensão, traição, ciúme e alianças complexas da família Targaryen, quase 200 anos antes dos eventos de Game of Thrones.
E esta 2ª temporada, que finalmente apresenta a famosa Dança dos Dragões, aprofunda ainda mais a violência, a escuridão, a traição e as revelações. O terceiro episódio, intitulado "The Burning Mill", não é exceção. Acima de tudo, ele contém uma sequência completamente nova que não existe nos livros, mas que acrescenta um toque extra de tragédia.
A guerra começa agora em House of the Dragon
Após o assassinato de Jaehaerys, filho de Aegon (Tom Glynn-Carney) e Haelena (Phia Saban), ordenado por Daemon (Matt Smith), Rhaenyra (Emma D'Arcy) fica atordoada. Enquanto Daemon parte para Harrenhal para formar um exército, Rhaenyra decide proteger seus descendentes, enviando seus filhos mais novos e ovos de dragão com Rhaena (Phoebe Campbell) para um lugar seguro.
Com todos os seus conselheiros, exceto Rhaenys (Eve Best), insistindo para que ela entre em guerra com os verdes, Rhaenyra decide tentar uma reconciliação final. Ela entra sorrateiramente em Porto Real disfarçada, para encontrar Alicent (Olivia Cooke). As duas mulheres têm uma longa e tensa discussão no final do episódio 3 da 2ª temporada de House of the Dragon.
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Elas revisitam as declarações feitas por Viserys (Paddy Considine), o antigo rei, pai de Rhaenyra e marido de Alicent, sobre o herdeiro que ele havia escolhido. Embora sempre tenha proclamado durante sua vida que Rhaenyra era a herdeira legítima do trono, o Targaryen mencionou em seu leito de morte, pouco antes de dar o último suspiro, que queria Aegon como herdeiro, no episódio 8 da 1ª temporada de House of the Dragon.
Mesmo que Alicent acreditasse que se tratava de seu filho Aegon e, portanto, o colocasse no trono no lugar de Rhaenyra, Viserys não apontou para esse Aegon em sua declaração final. Lembre-se de que no primeiro episódio da 1ª temporada da Casa do Dragão, a famosa profecia "Príncipe que foi prometido" de Aegon, o Conquistador, foi revelada:
"Começará com um inverno terrível que virá do extremo norte. Aegon viu a escuridão cavalgando os ventos. O que se esconde nessa escuridão destruirá o mundo dos vivos. Quando esse inverno chegar, toda Westeros deverá se levantar contra ele. Se o homem quiser sobreviver, deve haver um Targaryen no Trono de Ferro. Um rei ou rainha que possa unir o reino contra o frio e a escuridão. Esse sonho é a canção de gelo e fogo. É um segredo passado de rei para herdeiro desde Aegon".
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Quando Alicent relembra as últimas palavras de Viserys para Rhaenyra, ela entende as intenções de seu pai, que queria que essa profecia fosse cumprida por meio de sua linhagem. Isso era possível, especialmente porque Rhaenyra também tinha um filho chamado Aegon. Ela tentou uma última vez convencer Alicent do erro, mas a mãe de Aegon lhe disse que era tarde demais. Portanto, a guerra é inevitável.
Essa cena entre Alicent e Rhaenyra não existe no livro
Os fãs de Fogo & Sangue sabem muito bem que essa cena não existe no romance, mas isso não significa que ela não tenha significado ou poder emocional. Ao contrário do que é retratado no livro, os criadores de House of the Dragon optaram por fazer de Rhaenyra e Alicent amigas de infância, próximas em idade, que cresceram juntas, o que lhes dá um vínculo poderoso.
No livro, Rhaenyra é mais jovem que Alicent, e elas não se dão bem. Alicent é muito mais diabólica no romance e desempenha o papel de madrasta horrível para Rhaenyra. Portanto, a dinâmica é totalmente diferente na série. Mas essa grande liberdade tomada pelos roteiristas de House of the Dragon não é necessariamente uma traição ao material original.
Para quem não sabe, Fogo & Sangue é, na verdade, uma coleção de vários relatos da história da dinastia Targaryen, incluindo relatos de mestres e, às vezes, testemunhos contraditórios. Portanto, os roteiristas da série podem se afastar um pouco da estrutura narrativa do romance, já que os narradores nem sempre são confiáveis.
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Ao reunir Alicent e Rhaenyra pela última vez nessa sequência de reencontro, os roteiristas elevam um pouco mais o tom da tragédia. Esse reencontro final entre as duas mulheres permite que elas chorem seus mortos, entendam as intenções uma da outra e saibam que nenhuma delas quer seguir o caminho da guerra.
No entanto, a guerra é inevitável, e as duas sabem disso. A tragédia decorre de mal-entendidos, escolhas ruins, alianças forçadas e traições que poderiam ter sido evitadas. E essa sequência se torna um dos momentos-chave mais importantes desta 2ª temporada.
O terceiro episódio da 2ª temporada de House of the Dragon mexe em um verdadeiro caldeirão e traz ainda mais nuances para seus personagens, tanto vítimas quanto algozes, antes que a guerra sangrenta que nos espera comece para valer.
A segunda temporada de House of the Dragon está sendo exibida atualmente na plataforma Max.
*Conteúdo Global AdoroCinema