Erick Kripke é o criador e showrunner de The Boys e não hesita em expressar suas opiniões sobre as críticas recebidas pela produção, especialmente para aquelas que acusam a série de ser "woke", — uma gíria norte-americana usada para identificar que alguém ou alguma coisa está alerta para a injustiça racial — como sendo algo ruim.
Em uma mensagem clara e direta, Kripke recomenda que esses espectadores simplesmente "vão assistir outra coisa". A série que está se encaminhando para a quarta temporada, estabeleceu-se como uma sátira afiada de diversos aspectos da sociedade desde a política americana até filmes de super-heróis e o próprio capitalismo. A parceria dos heróis com a Vought International, uma empresa multimilionária com uma influência cultural significativa, é uma crítica direta aos bilionários e ao uso da riqueza e do poder para controle social.
Mas afinal, o que The Boys aborda?
Os temas explorados na série não são sutis, como o criador deixou claro em uma entrevista para o Hollywood Reporter. Ele foi enfático ao dizer que os espectadores que classificam a série original do Prime Video como woke, não entenderam a mensagem principal da trama.
Mas certamente não vou fazer rodeios ou pedir desculpas pelo que estamos fazendo. Algumas pessoas que assistem pensam que Homelander é o herói. [...] Então, se essa é a mensagem que você está recebendo, eu apenas levo as minhas mãos.
The Boys tem abordado questões extremamente relevantes de maneira quase intuitiva, tratando de problemas da realidade conforme eles se desenrolam. Em uma entrevista ao Looper, Erin Moriarty que interpreta Starlight, revelou que o roteiro do piloto original não incluía sua personagem sendo agredida sexualmente por The Deep (Chace Crawford). Esta cena, que Kripke inicialmente hesitou em abordar, acabou sendo integrada à narrativa. Kripke admitiu que, embora o programa trate de temas sociais pertinentes, nem sempre isso é planejado.
A 4ª temporada de The Boys está programada para estrear em um período de grande agitação política nos Estados Unidos, coincidindo com uma eleição nacional e o julgamento de Homelander, que acontece pouco depois do fim do julgamento de Donald Trump.
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