O AdoroCinema teve a oportunidade de visitar o set de filmagens da nova série nacional da MAX, intitulada Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente. A produção conta a história da crise da epidemia de AIDS no Brasil durante os anos 80, destacando as dificuldades enfrentadas para obter medicamentos cruciais no combate da doença.
O enredo gira em torno de Fernando, interpretado por Johnny Massaro, um comissário de bordo que arrisca tudo ao contrabandear remédios cruciais dos Estados Unidos para pacientes brasileiros em estágio avançado da AIDS, em uma época em que esses medicamentos ainda não eram autorizados no país. Com um elenco de peso, incluindo Johnny Massaro, Ícaro Silva e Bruna Linzmeyer, a série é escrita por Patrícia Corso e Leo Moreira e tem direção de Marcelo Gomes.
Resgate Histórico e Sensibilização
Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente promete envolver o público, com uma jornada intensa e emocional desse período sombrio, oferecendo uma narrativa dinâmica, conforme destacado por Bruna Linzmeyer, que vive a jovem Leia. Além disso, a série pretende salientar o quão duro foi esse tempo. “Quantas pessoas a gente perdeu, quantos artistas foram levados por uma falta de cuidado, de uma forma quase criminosa, como os governos tanto do Brasil quanto internacionalmente trataram a AIDS.” disse Bruna.
Um dos principais objetivos da produção é resgatar historicamente o impacto da epidemia de AIDS nos anos 80, enquanto também busca sensibilizar o público para as questões críticas relacionadas à saúde e aos direitos humanos. Johnny Massaro enfatiza essa dupla importância ao afirmar: "Essa série tem uma importância dupla que é um resgate histórico do que foi esse momento para a humanidade e também colocar luz nesse assunto AIDS/HIV para poder atualizar o que é isso hoje em dia".
Na série, o personagem Raul, interpretado por Ícaro Silva, é um defensor incansável das pessoas de sua comunidade diante da chegada do HIV e da crise que se instaura. Para Ícaro, a grande relevância do projeto está na homenagem ao legado das pessoas afetadas e na narrativa de um período muitas vezes negligenciado. “A maior importância dessa série é honrar o legado das pessoas e contar uma história não contada de um período que quem nao viveu nao entende o quão grave e quão macabro e devastador foi para a história do Brasil”, ressalta Silva.
Solidariedade da Comunidade LGBT
Um dos aspectos mais marcantes da trama é a representação da solidariedade e resiliência da comunidade LGBT diante da crise da AIDS, como destaca Linzmeyer: “É uma história de muita emoção, como a comunidade LGBT se organizou e fez uma grande teia de acolhimento. Foi uma grande rede que fez muita gente sobreviver, ou mesmo para quem não pode sobreviver para que pudesse viver até onde desse com dignidade”. Através dos personagens e suas interações, a série mostra como a comunidade se uniu para enfrentar os desafios impostos pela epidemia.
Por fim, Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente é uma valorização da vida e da solidariedade em meio à adversidade. A intérprete de Leia enfatiza essa mensagem ao dizer que a série "afirma muito a vida e a fé na vida, ,além da importância do afeto entre as pessoas em meio ao caos". Ao destacar os momentos de esperança vividos pela comunidade LGBT durante a epidemia, a série pretende inspirar o público a encontrar forças em tempos difíceis e a valorizar os laços de solidariedade que nos unem como seres humanos.
A série estreia em breve na MAX.
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