Saber a hora de parar não é exatamente um dilema seguido pelas grandes franquias do cinema. Renovando-se a cada ano, a razão de existir das sagas é explorar cada vez mais seu próprio universo, seja por meio de sequências, spin-offs ou reboots.
Esse é o caso da famosa e extensa franquia de Star Trek, ou Jornada nas Estrelas, que se iniciou com uma série original em 1966 e foi semeada para todo um império que continua vivo mesmo 50 anos depois, abraçada por todo e qualquer tipo de público.
J.J. Abrams iniciou o famoso reboot da clássica história de Capitão Kirk e Spock
Apesar de atualmente ser possível acompanhar a famosa história da equipe da nave USS Enterprise em séries derivadas, foi a última trilogia de filmes iniciada pelo diretor J.J. Abrams que acabou caindo facilmente na boca do povo, principalmente ao furar a bolha dos fãs e chamar uma nova gama de público para a franquia.
Uma espécie de reboot da saga com grandes conexões com a linha temporal original, a última trilogia de Star Trek teve seu primeiro lançamento no ano de 2009, estrelado por Zachary Quinto e Chris Pine. Quatro anos depois, foi lançado Além da Escuridão - Star Trek, ainda dirigido por J.J. Abrams.
O capítulo seguinte chegou em 2016 com Star Trek: Sem Fronteiras, agora nas mãos de Justin Lin (Velozes e Furiosos), que continuou a história, embora não tenha agradado aos fãs. Apesar do sucesso, a terceira parte não atendeu às expectativas financeiras de seu filme anterior, que teve um orçamento semelhante aos 185 milhões.
Enquanto Além da Escuridão arrecadou em torno de 467 milhões de dólares, Sem Fronteiras chegou nas casas dos 343 milhões, provando que o interesse na franquia estava diminuindo e que precisavam dar uma nova abordagem ao conceito.
Quarto capítulo da franquia não teve vida longa e próspera
O desempenho financeiro de Sem Fronteiras acabou impactando nos planos da Paramount que, antes do segundo filme, já havia anunciado um quarto capítulo comandado por J. D. Payne e Patrick McKay como roteiristas e Noah Hawley (Legião) na direção.
Porém, no meio do caminho, Quentin Tarantino apareceu com sua própria ideia e a apresentou a J.J. Abrams, agora produtor. A proposta foi comprada pelo estúdio, mas em 2020 Tarantino anunciou que não dirigiria seu filme. Paralelamente, o projeto de Hawley foi cancelado.
Tentaram novamente em 2021, com Kalinda Vazquez como roteirista e, em seguida, Matt Shakman (WandaVision) chegou para fazer outra versão. Mas entre muitas reviravoltas a Paramount eliminou definitivamente a produção de seus planos em agosto de 2022.
Por que nunca veremos Star Trek 4?A agenda dos atores também foi um empecilho para a produção continuar com sua história. Ainda no ano de 2018, Chris Pine e Chris Hemsworth não chegaram a um acordo satisfatório para ambas as partes.
Em uma entrevista à Esquire, Pine expressou sua frustração com a situação. "Depois que [Star Trek: Sem Fronteiras] não atingiu o bilhão esperado e Anton Yelchin morreu, parece um pouco amaldiçoado. Em Star Trek, os atores costumam ser os últimos a serem informados. É frustrante, e não acredito que o senso de comunidade seja forte", afirmou.
A trilogia de filmes segue a formação da tripulação clássica da USS Enterprise, entre eles Capitão Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto), Uhura (Zoe Saldana) e Scotty (Simon Pegg). O primeiro filme ainda trouxe Leonard Nimoy interpretando Spock mais uma vez nas telonas. A trilogia está disponível na Paramount+.
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