DO QUE SE TRATA?
Darby (Emma Corrin) e outras 11 pessoas são convidados por um bilionário para participar de um retiro em um local lindo e remoto. Quando um deles é encontrado morto, Darby se torna detetive para provar que realmente se trata de um assassinato.
Ainda não superou o cancelamento de The OA? Criadores já têm nova série que pode ser uma das melhores do anoQUEM ESTRELA?
Reveladu na 4ª temporada da série da Netflix, The Crown como Diana Spencer, Emma Corrin desempenha o papel principal neste thriller nevado e perturbador. Elu interpreta Darby Hart, uma hacker convidada para ir à Islândia em um hotel administrado por um bilionário.
Ela contracena com outro jovem ator promissor, Harris Dickinson, visto, entre outros, no vencedor da Palma de Ouro de 2022, Triângulo da Tristeza.
Quanto aos personagens secundários, encontramos Brit Marling, a co-criadora da série, Alice Braga (Cidade de Deus, Eu Sou a Lenda), Joan Chen (O Último Imperador), Raúl Esparza (Hannibal) e, especialmente, Clive Owen na pele do misterioso bilionário.
VALE A PENA CONFERIR?
Isolado nas planícies da Islândia, um hotel torna-se palco de um assassinato e de uma dança de suspeitos. A decoração é ideal, o alojamento partilhado bem menos. Os clientes deste estabelecimento não estão ali por acaso.
Eles escolheram um bilionário, rei da tecnologia – pense em Elon Musk – por uma semana. CEO, ex-astronauta, diretor… Os convidados para quem o tapete vermelho foi estendido pesam muito. Então, por que esse assassinato? Qual o propósito? E acima de tudo, quem é o culpado?
Em Assassinato no Fim do Mundo, a dupla Brit Marling e Zal Batmanglij se apodera de um gênero banal para melhor reinventá-lo.
O “whodunit” – que pode ser traduzido para o português como “quem fez isso?” - reúne suspeitos em um cenário - muitas vezes único - antes de revelar a identidade do assassino em seu último ato. A série pega esses mesmos códigos para levá-los a outros lugares.
Não esperávamos menos dos criadores de The OA, uma produção mística e incrivelmente poderosa. Nessas paisagens lunares, os roteiristas questionam o poder da inteligência artificial – um assunto muito atual – e principalmente o papel que os superpoderosos deste mundo podem desempenhar neste tema.
Em Assassinato no Fim do Mundo, a tecnologia está por toda parte: a heroína, uma pequena punkette como Lisbeth Salander de Millenium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - interpretada pelu excelente Emma Corrin - é uma hacker, e os personagens são convidados e aconselhados por Ray, um homem virtual - meio que como a Siri, mas mais assustador. Sem falar no hotel, que está equipado em todos os cantos com câmeras e outros detectores.
Drama, suspense futurista, investigação à moda antiga, a série não cabe apenas em uma caixa. É fascinante, denso - talvez um pouco demais, sendo a duração dos episódios o principal defeito - e encenado com talento.
Nada é deixado ao acaso e cada personagem, preso neste hotel, revela a sua complexidade à medida que a trama se desenvolve.
De Assassinato no Fim do Mundo, podemos lembrar a seguinte frase: “O futuro de tudo está na colaboração com a inteligência artificial” em português.
Uma observação aterrorizante que a série destaca com verdadeira delicadeza que obriga o espectador a se aprofundar em suas questões. Brit Marling e Zal Batmanglij criam uma obra necessária que chega na hora certa. A não ser que já seja tarde demais.
Assassinato no Fim do Mundo está disponível no Star+.
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