A situação de algumas séries mudou tão drasticamente que, às vezes, uma primeira temporada muito boa não é suficiente para se ter confiança na continuação. Prazos cada vez mais longos entre as temporadas e filmagens muito ambiciosas podem complicar aquela química específica que é alcançada no início, deixando uma segunda parte muito menos especial. Esse poderia ter sido o caso de uma das principais séries de ficção científica do momento, mas felizmente não foi.
Loki é a única série da Marvel Studios que teve uma segunda temporada, já que as demais foram minisséries. E cada uma delas foi mais decepcionante que a anterior, mostrando que a aposta nessa área foi fatal para o Universo Cinematográfico.
Após ter conseguido escapar de seu destino na prisão em Vingadores: Ultimato devido à ação dos Vingadores que viajaram no tempo, Loki planeja retomar seus planos malignos até ser capturado por uma força desconhecida. Após esse evento, ele encontra a Autoridade de Variação Temporal (AVT), uma organização burocrática que existe fora do tempo e do espaço.
Forçado a responder por seus crimes contra a linha do tempo, o deus da trapaça tem uma escolha: ser removido da realidade ou ajudar a capturar uma ameaça ainda maior. Uma ameaça profundamente ligada a ele. No final do caminho, ele encontrará um inimigo que tem mexido os pauzinhos a extremos inimagináveis e acabará interrompendo a Linha do Tempo Sagrada, que deve ser restaurada por Loki e seus companheiros.
O personagem já era atraente por si só depois de vários filmes em que Tom Hiddleston mostrou seu carisma – e ele era perfeito para uma série interessante. A primeira temporada certamente pareceu assim, explorando linhas do tempo, amizades improváveis e reflexões existenciais de um personagem sempre à deriva sobre qual é o seu glorioso propósito. Poderia muito bem ter parecido um episódio de Doctor Who, pois elevou as possibilidades dramáticas da Marvel.
Loki: Glorioso propósito
Como se fosse uma variante descontrolada, a segunda temporada começa com o pé direito, mas se desintegra em alguns episódios um tanto confusos que nos levam a pensar que o mesmo destino de outras séries decepcionantes a aguarda.
Mas, a cada episódio, ela encontra propósito e até diversão, graças ao bom trabalho dos diretores Justin Benson e Aaron Moorhead, grandes nomes da ficção científica moderna que dão habilidade, textura e inventividade à série.
Seu final emocionante é o resultado de uma trajetória ascendente em que o ritmo e a essência da série são encontrados, reexplorando um dos personagens mais interessantes que a Marvel já apresentou. Para quem gostou da primeira temporada, esta segunda consegue atender bem as expectativas. A Marvel realmente acertou aqui.
Você pode assistir a Loki no Disney+.
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