Nem sempre ter os melhores nomes no elenco garante o sucesso e a popularidade de um projeto. Às vezes, nem mesmo o fato de ser muito interessante no que se propõe a contar é suficiente para conquistar um lugar nesse panorama saturado de séries. Mas, ainda assim, aquelas que tentam – e conseguem – valem a pena. Um exemplo disso é A Nova Vida de Toby (Fleishman is in Trouble, no título original).
Desenvolvida por Taffy Brodesser-Akner, essa minissérie de oito episódios foi produzida e lançada pela FX, e pode ser vista em Brasil em streaming pelo Star+. Um elenco fantástico com Jesse Eisenberg, Claire Danes e Lizzy Caplan nos vende um quebra-cabeça dramático fascinante e complexo sobre as crises da meia-idade.
Toby Fleishman (Jesse Eisenberg) é um hepatologista recém-divorciado de 40 e poucos anos que está usando aplicativos de namoro pela primeira vez. Quando ele começa a encontrar o sucesso romântico que nunca alcançou na juventude, sua ex-esposa Rachel desaparece sem deixar rastros, deixando-o com seus filhos, Hannah, de 12 anos, e Solly, de 9.
Enquanto Toby faz malabarismos para cuidar dos filhos, de uma possível promoção no hospital onde trabalha e de todas as possíveis parceiras sexuais em Manhattan, ele percebe que nunca conseguirá descobrir o que aconteceu com sua esposa até que possa ser mais honesto sobre o que aconteceu com o casamento deles.
No entanto, a história de Toby prova ser um cavalo de Troia para o que a série está tentando contar de forma inteligente. Taffy Brodesser-Akner aplicou o mesmo procedimento em seu livro, pegando algumas de suas preocupações como escritora e jornalista e vendendo-o como o drama desse homem, sabendo que isso atrairia mais atenção. Depois de ser aclamada, ela foi procurada por várias emissoras para adaptar o livro em uma série, que ela mesma decidiu produzir.
A Nova Vida de Toby: narrativa em camadas
As diferentes camadas de narrativa que A Nova Vida de Toby segue, entrelaçando as tramas de diferentes personagens, é o que sustenta a jogabilidade da série. Você começa esperando uma coisa e, aos poucos, ela revela o que está por trás, explorando promessas não cumpridas, frustrações e mais problemas decorrentes de uma crise de meia-idade.
Por meio de seus excelentes atores, que vendem a complexidade desses personagens, consegue-se elevar uma proposta incomum e maravilhosa, o que justifica plenamente a sensação de minissérie em vários capítulos. A direção também é notável, fazendo bom uso da câmera e alternando pontos de vista que são fundamentais para o funcionamento da série. Sem dúvida, é uma das melhores propostas do ano, mesmo que passe despercebida.
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