A Netflix já provou o sucesso de produções baseadas em fatos reais em seu catálogo e, agora, chegou a vez de o Brasil mostrar sua cara com sua mais nova e inédita produção de ação policial: DNA do Crime.
Dirigida e escrita por Heitor Dhalia, com cenas de tirar o fôlego, a série é baseada em um mega assalto à transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este que aconteceu em 2017 entre as fronteiras de Paraguai e Brasil, conhecido no país vizinho como o “roubo do século”.
O maior assalto da história do Paraguai
O caso que chocou o Paraguai aconteceu em 24 de abril de 2017 e, de acordo com o jornal ABC Color, foi provavelmente o maior assalto da história do país. Com mais de 30 assaltantes fortemente armados com fuzis, metralhadoras e granadas, participaram do roubo que contou com mais de 11,7 milhões de dólares, atualmente equivalente a quase 55 milhões de reais.
A Polícia Nacional paraguaia e a Polícia Federal de Foz do Iguaçu entraram em ação conjunta para a investigação do caso intitulado como Operação Resposta Integrada. Na época, o ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, confirmou que as evidências apontavam para membros de uma facção brasileira, mais especificamente ao Primeiro Comando da Capital (PCC), mas a informação nunca foi confirmada.
A resolução do crime
O nome da série da Netflix explora principalmente a forma como a PF conseguiu localizar e prender um dos envolvidos no assalto através de material genético encontrado em uma mansão em Ciudad del Este utilizada pelo grupo como base estratégica.
Depois de testar cerca de 457 materiais genéticos colhidos na cena do crime e comparar com o banco de DNA brasileiro, foi possível provar a participação de um dos assaltantes que já tinha passagem nos dados da polícia no ano de 2016.
O caso chegou até mesmo a ser reconhecido em uma premiação internacional ao premiar a Polícia Federal com o troféu "DNA Hit of the Year" em 2020, como forma de demonstrar e valorizar a eficiência do uso de bancos de perfis genéticos para a resolução de crimes no mundo todo.
Série policial da Netflix transforma fatos reais em ficção
Em DNA do Crime, será possível acompanhar alguns elementos essenciais do crime de 2017. Em entrevista ao AdoroCinema, Rômulo Braga, que viverá Benício, um dos protagonistas da série, compartilhou sobre sua impressão da transformação do roteiro baseado no caso.
É tão interessante como eles construíram o roteiro baseado nesse fato. Eu admiro muito esse poder de ficcionalizar um fato sem perder a dimensão do que é política do fato em si, mas completamente ficcionalizado. Isso é tão legal porque gera uma discussão, que é uma discussão atual, inclusive, uma discussão que ainda perpassa pela nossa sociedade
A série DNA do Crime acompanha policiais federais da delegacia de Foz do Iguaçu que iniciam uma investigação complexa após um assalto de grandes proporções a uma instalação de uma seguradora de valores no Paraguai.
Seguindo o rastro das amostras de DNA coletadas, eles desenterram uma conexão que liga o roubo no país vizinho a outros crimes recentes, revelando um plano ainda mais amplo envolvendo criminosos de ambas as nações.
“Então acho que a série, acho que eles conseguiram, sabe, o grupo de roteiristas, a direção, o editor, traduzir de um jeito ficcional, palatável, mas que o assunto ainda continua ali vivo, para a gente entender e conversar sobre ele. Continua sendo um trabalho quase histórico, né?”. Completa Braga sobre o roteiro.
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