O enorme sucesso de John Wick gerou uma franquia de um bilhão de dólares, cujo mais recente episódio é O Continental: Do Mundo de John Wick, a divertida série da Amazon Prime Video que também é o primeiro episódio dessa brilhante saga em que Keanu Reeves não está envolvido. Obviamente, essa era uma das preocupações quando se tratava de fazer essa prequela.
A origem do projeto e as ideias rejeitadas
O site Espinof, parceiro do AdoroCinema, entrevistou os produtores da franquia, Basil Iwanyk e Erica Lee, sobre a nova série do universo de John Wick. Segundo Lee, as conversas sobre uma série começaram quando eles estavam fazendo o segundo filme da saga, John Wick: Um Novo Dia Para Matar, de 2017.
“Começamos com uma ideia original que se passava nos dias atuais, mas não deu certo. A ideia de uma prequela surgiu logo depois. Enviamos uma mensagem aos agentes e escritores dizendo que estávamos abertos a qualquer ideia que eles pudessem apresentar.
Nosso showrunner Kirk Ward teve essa ideia, que surgiu quando ele estava assistindo novamente aos filmes e havia uma frase em que Winston dizia: ‘estou administrando esse negócio há 35 anos’. Essa foi a entrada e achamos que a prequela era uma ótima maneira de expandir esse universo.”
Além disso, Iwanyk esclareceu que “a maioria das ideias que rejeitamos se passava nos dias de hoje, paralelamente aos filmes, como O Continental Miami ou O Continental Buenos Aires”. Por sua vez, Erica Lee ressaltou que “nunca faremos uma versão jovem de John Wick”, ao que Iwanyk acrescentou o seguinte:
“Nunca faremos isso. O problema é que, no final do dia, as pessoas se perguntavam quando Keanu iria aparecer. E desenvolvemos projetos com roteiristas muito bons, mas sempre havia a sensação de que o herói era um John Wick de baixa qualidade. Só existe um Keanu e a única maneira de fazer isso era descartar tudo e começar do zero.”
É claro que as dúvidas sobre como o público reagiria a série O Continental por causa da ausência de Reeves sempre existiram, como Iwanyk apontou:
“Deixando de lado o fato de que é uma prequela e John teria cerca de seis anos de idade, a esperança é que o carinho das pessoas pela saga, seu amor por esse universo, faça com que assistam ao primeiro episódio. E, depois de assistirem, verão que é muito divertido, que é um ótimo passeio, uma montanha-russa como os filmes já eram, mas diferente.”
“Costumo usar o exemplo da Marvel. Depois de adaptar os personagens mais populares, como o Homem de Ferro ou o Capitão América, em um determinado momento eles se concentraram em personagens menos conhecidos, como os Guardiões da Galáxia ou a Capitã Marvel, sobre os quais as pessoas não sabiam nada.
A aposta deles era que as pessoas adoravam a Marvel e iriam assistir aos filmes porque sabiam que seriam divertidos. Acreditamos que a marca John Wick, e não o personagem, envia a mensagem de que o filme será incrível e terá ótimas cenas de ação.”
Nesse caso, o foco está em Winston, o personagem interpretado por Ian McShane nos filmes e interpretado em sua versão mais jovem por Colin Woodell. O passado do personagem pode ser uma surpresa para alguns espectadores, mas Iwanyk deixa claro que um detalhe importante foi deixado de lado no quarto filme:
“Adoro o fato de Winston ser um inglês abafado, ou pelo menos é o que ele parece ser nos filmes, mas na realidade ele vem das ruas de Nova York e, ao longo desses 35 anos, ele se tornou o Winston que conhecemos.
Já vimos alguns detalhes em John Wick 4: Baba Yaga, como uma pequena tatuagem em sua mão que deixa claro que ele não nasceu assim e teve que lutar por isso. Acho que foi algo semelhante com John. Muitos dos personagens desse universo tiveram uma infância difícil.”
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