Seis anos antes de conhecer Walter White e Jesse Pinkman, Saul Goodman ainda se chamava Jimmy McGill. Advogado civil, ele administra negócios modestos e mora em seu escritório, localizado nos fundos de um salão de pedicure no Novo México.
No dia em que se apresenta a oportunidade de ganhar um pouco mais de dinheiro, Jimmy decide deixar de lado suas boas mudanças para seus velhos hábitos reaparecerem: os do vigarista que ainda era alguns anos antes, Cícero, e que o haviam metido em sérios problemas com a lei.
Dotado de uma fala espetacular e de certo talento para conduzir seus interlocutores para onde quer, ele terá que fazer uma escolha entre o caminho certo e o da fortuna mal adquirida.
Apenas dois anos após o fim de Breaking Bad, Vince Gilligan já preparou um prelúdio dedicado ao personagem de Saul Goodman, o cativante vigarista magistralmente interpretado por Bob Odenkirk.
Logo após assinar a série perfeita, o showrunner desafia opiniões que poderiam considerar o lançamento de Better Call Saul apressado. Como as desventuras de Jimmy McGill poderiam ser iguais às de Walter White? À primeira vista, os fãs realmente tiveram motivos para ficarem desconfiados.
Mas desde seus primeiros episódios até seu final magistral, Better Call Saul é pelo menos tão bem-sucedida quanto Breaking Bad.
Seja como for, se você é fã de Breaking Bad e do universo criado por Gilligan, não há muito mais o que dizer para te convencer a experimentar essas 6 novas temporadas, tão agradáveis quanto as anteriores e que chegar até a enriquecê-las, a consolidá-las sem jamais copiá-las.
Protagonizada pelo excelente Bob Odenkirk (assim como por outros atores já vistos em Breaking Bad, mas que não vamos revelar a vocês aqui), este spin-off também nos apresenta vários novos personagens impecavelmente escritos e perfeitamente interpretados. Menção especial para a advogada e amiga de Jimmy, a excelente Kim Wexler (interpretada por Rhea Seehorn), que é simplesmente uma das melhores personagens das duas séries juntas.
Com um ritmo mais lento do que Breaking Bad, o épico de Jimmy McGill leva seu tempo e consegue acelerar sem nunca se apressar. Ela sabe para onde está indo e definitivamente chega lá. O resultado, após 63 episódios? A certeza de ter visto a outra metade da obra de Gilligan, graças à qual as aventuras de Walter White parecem ainda melhores.
Experimente, você vai ver!