Recém-chegada ao catálogo da Netflix, a minissérie Marinheiro de Guerra mal estreou e já conquistou o coração do público, aproveitando para fincar sua bandeira no Top 10 das produções mais assistidas da plataforma.
Na trama, acompanhamos a história real de Alfred (Kristoffer Joner) e Sigbjørn (Pål Sverre Valheim Hagen), dois marinheiros mercantes noruegueses que, durante a Segunda Guerra Mundial, são obrigados a irem para a batalha, sendo encurralados e conhecendo os horrores de um dos maiores conflitos armados da história.
“Eu conheci esses marinheiros quando tinha 13 anos”, disse Gunnar Vikene, criador do show, em um painel no evento Deadline International Contenders. “Meu pai era pintor e eles eram seus colegas. Em certo ponto, eles estavam se automedicando com álcool e muito traumatizados com os acontecimentos da guerra”, completou.
Para quem não sabe, a obra foi concebida como uma crítica a um episódio ocorrido na Noruega na Segunda Guerra Mundial. Em 1940, a Alemanha Nazista invadiu o país nórdico, que estava aliado à França e à Inglaterra.
Durante o período, o governo norueguês declarou que todos os navios do país seriam enviados aos campos de batalha, mesmo aqueles que não estavam equipados para o conflito. Como resultado, civis que nunca haviam segurado em armas acabaram dizimados pelo exército nazista. Até hoje, muitos desses homens não receberam sequer créditos pelo serviço, morrendo em vão por conta de uma guerra que nada tiveram a ver.
“Eles são os heróis desconhecidos daquela guerra – eles foram apanhados nela e não podiam tomar decisões por si mesmos. Então, depois da guerra, eles não se encaixavam na ideia de herói de guerra porque não tinham uniforme, armas e medalhas”, protestou Vikene.
Conhecida como a produção mais cara da história da Noruega, além dos citados, nomes como Ine Marie Wilmann, Alexandra Gjerpen, Florian Schmidtke e Arthur Hakalahti ainda compõem o elenco do show.
Foi um dos primeiros grandes sucessos da Netflix, mas fracassou miseravelmente a cada nova temporada