Gilmore Girls é uma das dramédias mais aclamadas dos anos 2000. Atualmente na Netflix, com todas as sete temporadas e a minissérie revival, a série estrelada por Alexis Bledel e Lauren Graham passou por uma análise de uma psicóloga que descobriu algo muito desagradável.
Nos 153 episódios, a trágica comédia de Amy Sherman-Palladino segue o destino da dupla mãe-filha Lorelai e Rory na fictícia cidadezinha americana de Stars Hollow. Mas, embora muitos fãs tenham adorado o relacionamento íntimo entre as personagens principais, uma psicóloga agora mostrou que o relacionamento retratado é na verdade um sério distúrbio de personalidade.
A peculiaridade desta relação já está no título da série, que retrata mãe e filha como as "meninas" da família Gilmore. Ambas são muito jovens, já que Lorelai, de 30 anos, teve Rory ainda adolescente. A Dra. Nicole LePera aborda as raízes da problemática codependência entre elas: "Lorelai e Rory são a clássica mãe e filha interdependentes. Rory é empurrada para a idade adulta por seu pai emocionalmente imaturo. Lorelai a usa como sua única melhor amiga e não há limites - ela está muito envolvida em todos os aspectos da vida de Rory."
Na sociologia e na psicologia, o termo codependência refere-se ao comportamento (auto)destrutivo em um relacionamento desequilibrado que beira o vício. Pode ser patológico, mas não precisa ser. Os sintomas de um relacionamento tão (muito) próximo em Gilmore Girls são referidos pelo Dr. LePera também:
"Isso soa como controle, manipulação e retenção [de informações]. Lorelai projeta seu próprio sonho de ir para Harvard em Rory desde a infância. Quando Rory se candidata a Yale, ela fica de mau humor e sai do jantar. Rory está escondendo coisas de Lorelai porque tem medo de como sua mãe pode reagir."
Nessa perspectiva, a relação mãe-filha, retratada como charmosa e caprichosa na série Gilmore Girls, de repente assume traços sombrios: "Elas nunca se comunicam abertamente e permanecem em silêncio durante os conflitos. Seu relacionamento dramático é uma série viciante, mas [Gilmore Girls] deixa de fora a verdadeira dor e vergonha de um relacionamento codependente disfuncional."
No entanto, Nicole LePera deixou claro que gostou muito de Gilmore Girls como uma série. Porque a representação (realista) de um relacionamento disfuncional não torna necessariamente Gilmore Girls uma série ruim.
