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    Entrevista com Tom Felton

    Mesa redonda com o ator Tom Felton, intérprete de Draco Malfoy em Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2.

    De passagem pelo Rio de Janeiro para promover Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2, Tom Felton participou de uma mesa redonda com jornalistas latino-americanos na manhã desta sexta-feira, 15 de julho. O AdoroCinema compareceu à entrevista a convite da Warner Bros. e conta para vocês o que de melhor aconteceu na mesma.

    Aproveitamos para agradecer as sugestões de perguntas encaminhadas pelo Twitter pelos leitores @kevinschwaantz, @daniellacaruso, @pedritaw, @abortada, @pense1username e @accioness. O intérprete de Draco Malfoy abordou alguns dos temas sugeridos em suas respostas.

    Durante o bate papo de aproximadamente 20 minutos, o ator falou sobre o último filme inspirado nos livros de J.K. Rowling, sobre os planos para a carreira e sobre a convivência nos sets de Harry Potter, dentre muitos outros assuntos. Muito simpático, Felton começou a entrevista pedindo desculpas por não falar português ou espanhol (haviam jornalistas do Uruguai e da Argentina) e enfatizou: "Os britânicos são muito ruins em aprender línguas. É terrível. Nos falta alguma coisa que vocês têm."

    Confira abaixo os principais pontos abordados durantes a entrevista. Boa leitura!

    SENSAÇÃO DE NÃO HAVER MAIS NENHUM HARRY POTTER

    "É um pouco estranho. Acho que é o mesmo que acontece para os fãs e as pessoas que têm assistido os filmes por 10 anos e agora não tem mais. É muito triste, mas por outro lado estamos muito animados em terminar desta forma. Tudo tem um fim e é bom que ele tenha chegado de forma tão intensa. É uma sensação amarga e doce ao mesmo tempo. Estamos felizes com o fim, mas também tristes que acabou", disse.

    O ator de 23 anos não conseguiu relatar a diferença de como se sentiu no primeiro filme e como se sentia agora. "É difícil lembrar. É como perguntar para uma pessoa como ela se sentiu no primeiro dia de aula em comparação ao último. Quando você é uma criança você não sabe muito o que está acontecendo. Você faz o que tem que fazer", afirmou. Sobre a sensação ao final da série, ele concluiu: "É muito mais difícil dizer adeus do que dizer olá."

    FÓRMULA DO SUCESSO

    Felton aponta a história como a grande força da franquia, ressaltando sua capacidade de encantar fãs de diversas nacionalidades e religiões. O ator, no entanto, reforçou que não há fórmula exata para o sucesso de Harry Potter: "Se houvesse, outros poderiam repetir, mas ninguém foi capaz de fazer isso até agora."

    BASTIDORES DAS FILMAGENS

    O ator contou um divertido fato ocorrido durante as filmagens dos primeiros filmes da série. Segundo ele, era muito difícil contracenar com Alan Rickman sem pisar na longa túnica preta usada por seu personagem, o professor Severo Snape. "Alan pedia para não pisarmos na roupa dele, mas como o diretor falava para andarmos muito perto dele isso acontecia. Como a roupa era ligada ao pescoço dele, algumas vezes quase o enforquei. Me sentia mal, mas ele conseguia rir disso", relatou.

    Sobre a relação com Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, Felton destacou que possui um elo muito forte com os colegas de elenco, que não se rompe nem quando passam muito tempo separados. Ele falou ainda da proximidade com a intérprete de Hermione e que os dois hoje brincam com o fato dela ter tido uma "queda" por ele nas filmagens dos primeiros longas.

    VILÃO E FAMOSO DESDE PEQUENO

    "Foi divertido interpretar o Draco desde pequeno. Acho que toda criança de 11 anos gostaria de viver o Draco. Mas eu só estava no personagem por um curto espaço de tempo em cada dia, na maioria do tempo éramos Tom, Dan, Emma e Rupert. Filmávamos muito pouco em cada dia, então eu não era o cara mau o tempo todo", afirmou ao ser questionado sobre como foi crescer como um antagonista.

    Já sobre a fama desde criança, Felton afirmou que sempre conviveu bem com ela e que o mesmo aconteceu com os colegas de elenco. "As pessoas falam que se tivéssemos filmado na América e não na Inglaterra que teríamos crescido de forma bem diferente, mas não sei se isso é verdade", disse, reconhecendo a importância da proximidade com a família para evitar crises de estrelismo.

    BULLYING

    Apesar de achar graça da comparação de seu personagem com um oficial nazista, Felton reconhece que o cabelo muito claro e impecável acaba deixando um pouco com essa cara. Sobre o corte de cabelo, o ator destacou que passou a respeitar mais as mulheres e os homens que pitam os cabelos e que está feliz de não tem mais que passar por isso.

    Ele considera que as atitudes de Draco pelos corredores de Hogwarts podem ser consideradas como bullying: "A maioria das pessoas que praticam bullying sofre de algum problema pessoal ou de relacionamento com seus pais e Malfoy é um bom exemplo disso. Ele parece super arrogante, confiante e forte, mas na verdade é muito fraco e vulnerável."

    DRACO MALFOY

    "O triste com relação ao Draco é que ele segue um caminho que é imposto a ele. Não teve a história de 'pegue este ou aquele caminho'. Não é escolha, é 'seja mau ou morra'."

    Sobre ser eternamente reconhecido pelo mesmo papel, Felton afirmou que é algo que teme e ao mesmo tempo espera: "Quero ficar marcado como Draco Malfoy, mas não só como ele. Definitivamente não quero afastá-lo, tenho muito orgulho de ter feito o Draco por 10 anos. Mas também espero ser reconhecido por outros papéis daqui pra frente."

    RELAÇÃO COM OS FÃS

    "É muito estranho. Ainda ontem no Pão de Açúcar, fãs histéricas me agradeciam por ter sido parte da infância delas. É estranho e meio assustador, mas também é muito legal poder contribuir com tantas pessoas. É engraçado porque eu sinto que cresci com eles (os fãs) e eles também sentem que cresceram comigo", expôs.

    Ainda sobre o contato com os apaixonados pela franquia, o ator contou sobre a experiência de servir pizza para um grupo de fãs que aguardava a pré-estreia do filme no Lincoln Centre em Nova York. "Fui entregador de pizza por um dia. Foi legal e uma boa surpresa. Eles estavam na fila por seis dias, então acho que estavam famintos", brincou.

    BRASIL

    Tom Felton admitiu que não sabia muito sobre o Brasil antes da visita, mas que associa a imagem do país à "aproveitar um bom momento". Ainda assim, ele se mostrou surpreso com a beleza do Rio e apontou a vista do Morro da Urca - palco da première de Harry Potter 7.2 - como a mais bonita que já viu na vida. "Tive a oportunidade de conhecer várias cidades do mundo promovendo os filmes, mas em lugar nenhum há uma vista como a do Pão de Açúcar", disse.

    Ele ainda elogiou o clima na capital fluminense, falando que o inverno local é melhor do que o verão dele na Inglaterra.

    FINAL DOS MALFOY

    "Acho que foi um grande final o dos Malfoy. Mostrou bem o egoísmo e a fraqueza deles. O que importa para eles não é estar do lado do mal, mas sobreviver", analisou Felton, que afirmou ter aprendido muito com Jason Isaacs, que vive seu pai na série.

    PRÓXIMOS PROJETOS

    "Tenho outros filmes chegando após Harry Potter. Ainda este ano tenho Planeta dos Macacos - A Origem (foto abaixo), um prelúdio de O Planeta dos Macacos. Pro ano que vem tenho um filme chamado The Apparition e uma produção independente que filmei há alguns meses, From the Rough."

    O astro garantiu que atuaria na adaptação de outro livro escrito por J.K. Rowling, mas avisou que os fãs não devem esperar que ela escreva um novo Harry Potter.

    BROADWAY

    Antes de vir ao Rio, Felton participou da agenda de divulgação de As Relíquias da Morte - Parte 2 em Nova York, quando pode conferir a performance de Radcliffe na Broadway. "É muito inspirador ver o Daniel atuando. É curioso porque quando ele aparece em cena todo mundo aplaude porque é o Harry Potter que está ali, mas um minuto depois todo mundo já esqueceu disso."

    Questionado se gostaria de ter uma experiência semelhante nos palcos, ele afirmou: "Eu adoraria fazer isso, apesar um trabalho muito duro e exigente."

    MÚSICO/ PESCADOR

    Ao ser questionado se pretende se tornar um cantor de rap, Felton foi enfático: "Definitivamente, não. Não sei de onde isso surgiu, nunca disse isso."

    Ele, no entanto, não negou sua paixão pela pescaria, embora reconheça que não pratica tanto quando gostaria. "O bom da pesca é tirar três ou quatro dias para relaxar e quase nunca tenho três ou quatro dias", concluiu.

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