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    Blonde: Cena explícita de abuso sexual em filme sobre Marilyn Monroe divide opiniões

    Longa-metragem estrelado por Ana de Armas chega ao catálogo da Netflix em 28 de setembro.

    Quando se trata de produções biográficas sobre grandes celebridades, sempre há uma polêmica envolvida. Seja a assombração de Patrizia Regianni pressionando Lady Gaga em Casa Gucci ou a conexão espiritual da princesa Diana com Kristen Stewart em Spencer, ficção e realidade podem se reunir em obras sobre a vida de alguma personalidade famosa retratada no cinema.

    Blonde, estrelado por Ana de Armas, também é um desses casos. O filme da Netflix, anteriormente descrito como “muito escandaloso para ser lançado”, conta as dores e lutas de Marilyn Monroe com pouca fidelidade aos fatos reais. A intenção da obra é transmitir os sentimentos de solidão e trauma da célebre atriz.

    Em uma das sequências mais pesadas do filme, Marilyn está sendo estuprada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1962. A cena começa com a atriz desmaiada tomando pílulas para dormir a bordo de um avião, acordada por uma aeromoça ao chegar em Nova York. Lá, ela é recebida por um par de agentes do Serviço Secreto, que a leva, até o quarto do político.

    Nos aposentos do homem, a cabeça dela é forçada contra o órgão genital do político, enquanto a atriz é xingada por ele. Depois, a cena do estupro segue até o final, com a duração de mais de um minuto e meio, com Marilyn implorando a si mesma para não tossir, engasgar ou vomitar.

    Blonde
    Blonde
    Data de lançamento 24 de outubro de 2022 | 2h 46min
    Criador(es): Andrew Dominik
    Com Ana de Armas, Julianne Nicholson, Bobby Cannavale
    Imprensa
    3,8
    Usuários
    2,5
    Assistir em streaming

    O momento foi descrito pela crítica com adjetivos como "tenso, perturbador, extremamente desconfortável e sensacionalista” (revista Vulture), e “assustador” (Daily Beast). Enquanto isso, os espectadores disseram que a cena é “doentia e desnecessária”. Em desabafo no Twitter, um dos internautas reclamou:

    A cena gráfica de estupro em Blonde não é por causa da arte. É para inventar fantasias de uma mulher morta que uma vez disse para não fazer dela uma piada.

    Em contrapartida, o diretor de Blonde, Andrew Dominik, discorda dessas opiniões. "É controverso. É um filme exigente — é o que é, diz o que diz. E se o público não gostar, isso é problema do público. Não é concorrer a um cargo público”, afirmou ele em entrevista para a imprensa internacional.

    Blonde chega ao catálogo da Netflix em 28 de setembro e, além de Ana de Armas, o elenco conta com Bobby Cannavale, Adrien BrodyJulianne Nicholson e Sara Paxton.

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