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    A Órfã 2: Diretor usou truques para transformar Isabelle Furhman na pequena Esther novamente

    Chegando hoje (4) ao Prime Video, confira algumas curiosidades de bastidores deste icônico suspense.

    Lançado em setembro do ano passado nos cinemas brasileiros, Órfã 2: A Origem, enfim, chega ao catálogo do Prime Video, tornando-se disponível para os assinantes do streaming da Amazon a partir de hoje (4).

    Aclamado por parte do público e crítica, uma dúvida, no entanto, fica no ar para quem já assistiu ao filme: Como Isabelle Fuhrman, responsável por dar vida à icônica vilã Esther, ficou mais jovem na produção?

    O diretor William Brent Bell revela ter tido um problema particular com isso, uma vez que muitos anos se passaram entre o lançamento do primeiro e segundo longa, o que levou Furhman, agora com 25 anos, a não poder mais se passar tão facilmente por uma criança.

    Para complicar ainda mais, o cineasta conta que não estava disposto a usar uma abundância de efeitos digitais para rejuvenescê-la. Com isso, Bell seguiu o caminho mais prático ao desenvolver o filme, no qual a personagem de Fuhrman se apresenta como a filha sequestrada de um casal, interpretados por Julia Stiles e Rossif Sutherland. O diretor explica que usou “todos os truques do livro” para fazer a atriz parecer menor, até mesmo escalando pessoas mais altas para ajudar a criar o efeito.

    De acordo com o site Entertainment Weekly, para muitas tomadas do filme, foi utilizada a técnica conhecida como perspectiva forçada, o mesmo truque que Peter Jackson usou nos filmes O Senhor dos Anéis para fazer o personagem Gandalf (Ian McKellen) parecer muito mais alto do que os hobbits interpretados por Elijah Wood, Sean Astin e outros. “Se temos duas pessoas no quadro e queremos que uma dela seja menor, nós a colocamos mais para trás. Então, usamos uma lente que, quando eles estão se movendo juntos, eles pareçam proporcionais um ao outro”, explica Bell.

    Como resultado, Fuhrman aparece falando com outro ator na mesma cena, mas ela não estaria olhando diretamente nos olhos da pessoa e, sim, olhando para um ponto marcado a alguma distância atrás do seu parceiro de cena. “Qualquer cena era como um truque de mágica porque, mesmo que fosse uma simples cena de duas pessoas andando por um beco, isso significa que a Julia tinha que estar dois ou três passos à frente dela”, diz o diretor.

    Já a atriz revela o quanto foi difícil fazer isso: “É difícil lembrar que você não pode olhar nos olhos da pessoa com quem está atuando ao lado, você tem que olhar diretamente para o lado”.

    Stiles ainda lembra que, muitas das vezes, ela era obrigada a usar todo o tipo de calçado gigante enquanto filmava as cenas com Fuhrman. “Eles se comprometeram a não usar CGI ou efeitos digitais, então era tudo um truque prático, e isso significava que eu estava sujeita à humilhação diária de ter que usar esses sapatos de plataforma. Eles tentaram todas essas coisas diferentes. Primeiro, foi andar em plataformas, como uma caixa real que eles construíam, mas, às vezes, não tínhamos tempo para isso. Então eu acabava usando essas botas que me davam cinco centímetros a mais de altura, então eles continuavam me deixando mais alta [...] Eu fiquei tipo, 'Eu não posso simplesmente usar salto alto ou algo da moda?' 'Não'. Eles não conseguiram encontrar nenhum salto alto que fosse grande o suficiente. Então acabou sendo essas plataformas”, diz a atriz com uma risada.

    Figurino e maquiagem também ajudaram

    Bell também revelou que escalou duas atrizes – Kennedy Irwin e Sadie Lee – como dublês de Fuhrman para as cenas em que o espectador não veria o rosto da estrela. “Trabalhamos juntos como uma equipe todos os dias. Como Esther iria se mover, como ela andava, como deveria mover sua mão, como iria tocar em algo. Essas eram conversas que tínhamos todos os dias. e eles têm que ser uma parte ativa disso. Eu não poderia fazer essa performance sem elas”, comenta a Fuhrman.

    Os departamentos de roupa e maquiagem também desempenharam um papel importante no rejuvenescimento da atriz na tela. “Sua roupa não foi feita apenas maior para caber nela, mas também para moldá-la e ter uma aparência mais infantil. Você sabe, as crianças têm cabeças maiores e ombros menores. E então usamos muitas técnicas de beleza para torná-la mais jovem. Quando entramos na pós-produção, normalmente fazemos uma limpeza digital nos atores e os deixamos incríveis. E nós levamos isso ainda mais longe. Usamos todas as pequenas ferramentas que tínhamos”, diz Bell.

    Mas nem todo truque funcionou em cena. O diretor conta que chegou a mandar fazer uma máscara da cabeça de Fuhrman, e o resultado foi aterrorizante. “Chama-se máscara de hipercarne e foi feita a partir de um escaneamento 3D da cabeça de Isabelle. Parecia incrível, mas quando colocamos na dublê, e ela saiu para o teste da câmera, era óbvio que não ia funcionar. Foi muito estranho e assustador”.

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