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    6 estrelas que perderam todo o seu dinheiro
    Giovanna Ribeiro
    Giovanna Ribeiro
    -Redatora e Crítica
    Aprendeu com Amélie Poulain a ir ao cinema sozinha às sextas e observar a reação do público. Mas, no fundo, queria mesmo era ser o Rocky Balboa.

    Perderam tudo? O drama das estrelas que por más decisões nos negócios, fraudes ou estilo de vida excêntricos, sofreram danos significativos em seus patrimônios.

    Na indústria de Hollywood, templo do glamour e da aparência, as pessoas gostam de cuidar e exibir os sinais exteriores de riqueza. Uma vitrine reluzente do capitalismo em sua essência, um American Way of Life mesmo que artificial. Mas, quando se está arruinado, é claro que se evita expor demais o fracasso.

    Nem todo mundo tem a sorte de ter a perspicácia empresarial de Jessica Alba, que teve a ideia - aproveitando sua experiência como jovem mãe - de criar uma empresa chamada Honest em 2011, depois de se unir a um ex-líder de ONG que defende a proteção de crianças contra materiais tóxicos. Seu negócio de cosméticos agora está avaliado em mais de US$ 1 bilhão.

    Maus investimentos financeiros, estilos de vida (e advogados) caros, golpes de todo tipo ou um fracasso financeiro por um fracasso de bilheteria. Incapaz de honrar as dívidas com seus devedores, algumas estrelas chegaram ao ponto de ter que se colocar sob o capítulo 11 do Código Federal norte-americano, um procedimento chamado de "salvaguarda" que permite que uma empresa ou um indivíduo evite a falência por meio de reestruturação. Ou no Capítulo 7 , que também consiste na decretação da falência, e permite uma tramitação judicial mais rápida (entre 3 a 6 meses) e, sobretudo, permite manter os bens, em determinados casos.

    O AdoroCinema destaca nesta lista, seis casos de astros que se enrolaram e perderam muito dinheiro.

    Nicolas Cage

    Compra de um esqueleto de dinossauro completo, milhões de dólares gastos em quadrinhos raros (incluindo a primeira edição do Superman), várias casas incluindo um castelo na Alemanha e na Inglaterra. Muitos carros de luxo e ainda, uma dívida de mais de US$ 14 milhões - quase metade desse valor dizia respeito a impostos sobre suas residências, nunca pagos. Em 2015, estimava-se que Nicolas Cage havia gasto, entre 1996 e 2011, nada menos que 150 milhões de dólares. Dois anos depois, sua fortuna era estimada em "apenas" 25 milhões.

    Um modo de vida extravagante, que o levou a precisar trabalhar em uma quantidade enorme de filmes para saldar as dívidas e socorrer os cofres, como também para pagar o tratamento médico de sua mãe, que morreu em 2021.

    Stephen Baldwin

    Na grande família Baldwin, o ator Stephen, irmão mais novo de Alec, entrou com pedido de falência em 2009, incapaz de pagar seus impostos e empréstimos imobiliários. Em 2013, ele foi preso e se declarou culpado à Receita Federal dos EUA por não ter pago seus impostos por três anos, entre 2008 e 2010. Resultado: US$ 300.000 de multa e cinco anos de liberdade condicional.

    Em 2017, sua casa chegou a ser apreendida e vendida em leilão. Por seis anos, ele simplesmente não pagou os US$ 7.000  de impostos mensais, e o banco estimou o valor da dívida do ator em US$ 1,1 milhão.

    Gary Coleman

    Gary Coleman interpretou o personagem título da série Arnold por oito temporadas, onde ganhou até US$ 70.000 por episódio - antes de vivenciar uma carreira caótica, entre problemas financeiros, tentativa de suicídio e violência doméstica. Sofrendo de uma doença autoimune congênita, ele morreu em 2010, aos 42 anos.

    Coleman entrou com uma ação em 1989 contra seus pais e sua empresária, a quem ele acusou de ter desviado o que ele ganhou. Todos foram condenados a pagar quase US$ 1,3 milhão. Ainda assim, não foi suficiente para pagar as dívidas do ator, que declarou falência em 1999. Depois de pagar honorários legais astronômicos e uma série de investimentos ruins, ele foi forçado a trabalhar longe dos sets de filmagem, em um shopping center.

    Walt Disney

    A marca de Walt Disney - e influência - no mundo cultural é verdadeiramente gigantesca, isso é inegável. Mas o pai de Mickey Mouse, apesar de um gênio criativo e um espírito visionário, também já colocou sua empresa em dificuldades financeiras e até mesmo pessoais. Para poder produzir Branca de Neve e os Sete Anões, por exemplo, ele hipotecou sua própria casa.

    No início de sua carreira, Disney fundou a Laugh-O-Gram Films Inc, nome de seu primeiro estúdio de animação fundado em 1922 em Kansas, quando ele tinha 21 anos. O estúdio e suas produções com o nome Laugh-O-Grams marcam a primeira tentativa de Disney de entrar no mundo do cinema e da animação. Empresário inexperiente, sua empresa enfrentou muitos problemas financeiros, principalmente devido a pedidos de filmes de animação não pagos por seus distribuidores. Como resultado, Disney não conseguiu pagar os salários de seus funcionários e o aluguel.

    Apesar de várias tentativas de manter a empresa, ele foi forçado a declarar falência em julho de 1923, embora tivesse que esperar até 1927 para se livrar completamente do problema. Foi graças à ajuda financeira de seu irmão que ele conseguiu reconstruir a Disney Brothers Studios em outubro de 1923.

    Burt Reynolds

    Estrela dos anos 70, Burt Reynolds em 2015, confidenciou à Vanity Fair que perdeu mais dinheiro do que imaginava ser possível, confessando que simplesmente não prestava muita atenção em seus gastos.

    Compra de terrenos, jatinho particular, 150 cavalos e até US$ 100 mil em perucas nos anos 80, só para esconder a calvície, seguido por um divórcio muito caro, ocasionaram a ruína financeira do ator. Como resultado, Reynolds não conseguiu pagar um empréstimo de US$ 3,7 milhões, tanto que entrou com pedido de falência em 1996, com uma dívida de US$ 10 milhões. Burt Reynolds morreu em 2018.

    Francis Ford Coppola

    Coppola faliu três vezes. Em julho de 1992, ele recorreu ao Capítulo 11 do Código Federal dos EUA para ele e suas duas empresas, Zoetrope Corp. e Zoetrope Productions. Dez anos antes, ele já havia feito a mesma coisa.

    O diretor havia prometido seus bens pessoais para contribuir para o financiamento de Apocalypse Now, mas foi seu filme O Fundo do Coração, um terrível desastre financeiro, que lhe custou caro, a ponto de lhe endividar US$ 71 milhões. Dívidas que levaram 20 anos para serem pagas. 

    Porém, o cineasta conseguiu dar a volta por cima, e fazer fortuna novamente, graças ao vinho. No final dos anos 2000, sua vinícola gerou uma receita anual de US$ 500 milhões. E agora, sob a marca Francis Coppola Presents, o império inclui vinhos, uma fábrica artesanal de molho de tomate, massas, charutos, dois restaurantes, cinco hotéis de luxo (incluindo dois em Belize) e lojas para vender seus produtos nos hotéis.

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