Durante a madrugada desta sexta-feira (05), o apresentador e humorista Jô Soares faleceu aos 84 anos no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Internado desde o dia 28 de julho no hospital, a informação foi confirmada hoje pela assessoria de Jô, mas não foi divulgada ainda a causa da morte. “O paciente Jô Soares faleceu na data de hoje, 05 de agosto, às 2h20, no Sírio-Libanês. em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 28 de julho no hospital, onde era acompanhado pelas equipes do corpo clínico da instituição”, comentaram a assessoria e o hospital.
Através das redes sociais, a ex-mulher de José Eugênio Soares, Flávia Pedras, compartilhou sua homenagem ao também escritor, evidenciando seu bom humor, talento durante os 60 anos de carreira e a sorte de ter dividido essa jornada ao lado de Jô. “(...) Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo.Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores.”, comentou Flávia.
Outros artistas também lamentaram a perda de um dos grandes nomes da TV brasileira, como a cantora Zélia Duncan e o ator Lázaro Ramos que compartilharam em suas redes sociais a sorte de terem visto Jô ao longo desse tempo nas madrugadas. “O Brasil perdeu hoje um artista único, um comediante que amava seu ofício acima de tudo, um ator fora de série. Um entrevistador brilhante. Um cidadão que amava seu país e seus amigos. Jô Soares, obrigada por tanto!”, comentou Duncan.
A CARREIRA DE JÔ
José Eugênio Soares, Jô Soares, foi humorista, apresentador de televisão, escritor, diretor e ator. Sua primeira aparição foi em O Homem do Sputnik, filme de 1959 do diretor Carlos Manga. Nas telonas, Jô protagonizou filmes como As Aventuras de Agamenon, O Repórter, O Pai do Povo e A Mulher de Todos. Após três anos, Jô teve uma passagem pela TV Record e só em 1970 chegou à Globo para comandar o programa Faça Amor, Não Faça Guerra.
Entre 1988 a 1999, o apresentador mudou para o SBT, realizando seu desejo de comandar um programa de entrevistas, conduzindo mais de seis mil entrevistas com artistas nacionais no Jô Soares Onze e Meia. Mas só em 2000, com seu retorno à Rede Globo, o humorista tocou um dos memoráveis programas de televisão, Programa do Jô, que misturava jazz, humor e excelentes entrevistas com o famoso bordão “Beijo do Gordo” chegando ao fim em 2016. Em 2019, Soares foi às telonas no longa dirigido por Pedro Gui, em Rogéria – Senhor Astolfo Barroso Pinto.
