Quem ama filmes de terror está acostumados com cenas que assustam das mais diferentes formas, afinal, elas estão ali justamente com esse próposito de causar medo e desconforto no público. Por mais que elas sejam falsas e filmadas para essas produções de cinema, muitos momentos em filmes de terror foram tão traumatizantes ou inesperados que assustaram até mesmo os atores na hora das filmagens.
Pensando nisso, o AdoroCinema separou uma lista com um compilado de cenas em filmes de terror que, além de terem causado pavor no público, assustaram os atores na vida real. Dá uma olhada!
Alien, o 8º Passageiro
Alien, o 8º Passageiro (1979) de Ridley Scott é um clássico do terror e uma das cenas mais icônicas do filme acontece quando alienígena vivo (um bebê Xenomorfo) explode do peito de Kane (John Hurt), um dos membros da tripulação. Para obter reações reais dos atores, a produção não os avisou sobre a cena em questão, então eles realmente ficaram aterrorizados quando o momento foi filmado.
É por isso que a reação dos atores Sigourney Weaver, Yaphet Kotto, Veronica Cartwright, Tom Skerritt, Harry Dean Stanton e Ian Holm passa tanta autenticidade, pois eles não esperavam pela cena. Inclusive, Weaver estava tão assustada que pensou que John Hurt estava morrendo, enquanto Cartwright acabou desmaiando. Com todos esses elementos, entendemos como se tornou uma cena tão marcante.
O Exorcista
Quando se fala em filmes de terror, O Exorcista (1973) é um dos nomes mais lembrados por causa de suas cenas aterrorizantes, que traumatizaram diversas gerações ao longo dos anos. Na cena icônica do exorcismo quando Regan (Linda Blair) vomita no Padre Karras (Jason Miller), o medo de Jason e sua reação de nojo foram totalmente reais.
Originalmente, Jason foi avisado de que o vômito, que na verdade era apenas sopa de ervilha, seria disparado em seu peito. Porém, no momento em que a ceno foi gravada, acabou acertando bem no rosto e na boca do ator – que ficou genuinamente com medo e enojado com a bagunça.
Poltergeist - O Fenômeno
Um dos maiores clássicos do terror nos anos 80, Poltergeist - O Fenômeno (1982) rendeu vários momentos assustadores para o público, especialmente quando Diane Freeling (JoBeth Williams) tem que nadar em uma piscina suja e lamacenta cheia de cadáveres em decomposição. Levando em conta a temática da lista, a atriz realmente ficou apavorada com o momento, mas não pelos motivos que você imagina.
Essa cena da piscina foi filmada com esqueletos reais, mas não foi isso assustou JoBeth – que não sabia que estava trabalhando com esqueletos reais até o final do filme. Na verdade, ela estava com medo de ser eletrocutada pelo equipamento de filmagem ao redor da piscina, e o produtor Steven Spielberg ficou com ela na água para aliviar seu medo e garantir que nenhum problema aconteceria. Curioso, não é mesmo?
Pânico
Pânico (1996) de Wes Craven foi responsável por revitalizar o slasher nos anos 90, muito por causa da metalinguagem. Um dos elementos mais icônicos do filme são os telefonemas de Ghostface para suas vítimas, mostrados logo no começo do primeiro filme com Casey Becker (Drew Barrymore). Não foi apenas o público que ficou apreensivo com os telefonemas, pois a atuação de Roger Jackson como a voz do assassino da franquia conseguiu assustar de verdade os atores durante as filmegens do terror.
Em uma reportagem do Hollywood Reporter, a produtora Marianne Maddalena explicou que eles esconderam Jackson durante a produção e realmente fizeram as ligações no set para os atores em cena. "Tínhamos quartos separados. Ele nunca estava por perto [...] Ele era absolutamente incógnito. Isso tornou assustador para os atores e Wes [Craven, diretor] conseguiu melhores atuações deles", explicou.
O Massacre da Serra Elétrica
O Massacre da Serra Elétrica (1974) é um marco para os filmes slashers, com a apresentação do sádico Leatherface no cinema de terror. Nos bastidores, a produção do filme foi um verdadeiro terror para os atores por causa das condições precárias, nojentas e assustadoras em que foram colocados.
Em uma das cenas mais horríveis, Sally (Marilyn Burns) é amarrada a uma cadeira na mesa de jantar de Leatherface enquanto a família de canibais a insulta por mais de cinco minutos. Na vida real, esses cinco minutos levaram aproximadamente 26 horas para filmar, de acordo com Gunnar Hansen, que interpretou Leatherface.
"Toda a cena do jantar está gravada na minha memória, acho que só por causa da miséria disso. Naquele momento, estávamos realmente à beira de um colapso mental. E Marilyn me contou como foi horrível para ela, porque ela estava apavorada... Apenas ser amarrada a uma cadeira e ter esses homens pairando sobre ela constantemente, ela disse que era realmente enervante. Acho que toda aquela cena foi certamente a parte mais intensa do filme e todos nós estávamos um pouco loucos até então".
A Bruxa de Blair
A Bruxa de Blair (1999) é um dos found footage mais marcantes do terror por causa de seu realismo, tanto que na época o público pensou que se tratava de uma história real por causa do markeking da produção. Porém, os atores ficaram tão surpresos e assustados quanto o público, pelo fato de que os diretores Daniel Myrick e Eduardo Sanchez mantiveram os detalhes das cenas em segredo durante as filmagens.
De acordo com o ator Joshua Leonard no episódio “Witches” da série documental History of Horror de Eli Roth, eles deram aos três membros do elenco câmeras para se filmarem, sem interações diretas com a produção durante as filmagens. “Eles nos deram um GPS e programaram pontos de passagem ... e deveríamos encontrar nosso caminho para esses diferentes pontos de passagem. Então sabíamos que iríamos encontrar coisas. Nós simplesmente não sabíamos o que essas coisas seriam”. Desta forma, eles tinham reações verdadeiras de susto e medo quando encontravam coisas assustadoras pelo caminho.
Psicose
Psicose (1960) de Alfred Hitchcock é um dos maiores clássicos da história do cinema e, entre seus feitos, está o fato de ter matado sua prtoganonista Marion Crane (Janet Leigh) nos primeiros 47 minutos – algo impensável na época. A morte da personagem aconteceu na icônica cena do chuveiro onde ela é esfaqueada por Norman Bates (Anthony Perkins). Esse momento, por sinal, teve um impacto duradouro no psicológico da atriz Janet Leigh, afetando completamente seus hábitos de banho.
Depois de ver a si mesma sendo assassinada no chuveiro, Leigh passou a tomar banho a menos que fosse absolutamente necessário. Em entrevista ao New York Times em 1996, ela admitiu sobre quando toma banho: "Eu certifico-me de que as portas e janelas da casa estão trancadas, e deixo a porta do banheiro aberta e a cortina do chuveiro aberta. Estou sempre de frente para a porta, observando, não importa onde esteja o chuveiro". Isso prova o quanto um filme de terror pode traumatizar e impactar o psicológico de quem assiste, no caso até mesmo os atores que realizaram essas produções assustadoras.