Uma das estreias de terror mais aguardadas do ano, O Telefone Preto ganhou elogios do público e da crítica e continua aterrorizando o público nos cinemas. O grande vilão da história é o Grabber, personagem interpretado pelo ator indicado ao Oscar Ethan Hawke (Antes da Meia-Noite) - e que tem um visual digno de pesadelos. A máscara que o assassino usa foi criada pelo diretor Scott Derrickson, que explicou o conceito “simples” por trás dela.
"Foi um conceito que criei", revelou o diretor em entrevista ao The Hollywood Reporter. “No roteiro, ele só tem duas máscaras: uma de demônio com um sorriso e outra com cara feia. Durante a pré-produção, comecei a pensar que a máscara poderia para divulgar o filme, então tinha que ser icônica. Foi o aspecto que eu mais trabalhei durante essa fase”, complementou.

Responsável por outros filmes de terror assustadores, como O Exorcismo de Emily Rose e Livrai-nos do Mal, Scott Derrickson contou ainda com a ajuda do protagonista Ethan Hawke, que teve algumas ideias para tornar o conceito da máscara ainda mais sombrio.
“Eu tive a ideia de ‘dividir’ as máscaras e foi animador para mim porque, então, eu teria três máscaras: a do sorriso, a da carranca e uma sem boca. O personagem escolheria qual usar com base em suas razões emocionais e no medo que ele queria infligir a Finney”, explicou o ator de Cavaleiro da Lua, que revelou também uma inspiração importante para a criação da peça: "Fiz uma referência a O Homem Que Ri, o filme em preto e branco”.

No set, Hawke ainda deu um passo além em sua atuação e na utilização das máscaras assustadoras, traçando uma conexão entre elas e a personalidade do assassino: "Este homem é quebrado, mau e terrível. Eu, como ator, preciso saber suas razões, o que o faz rir? Por que ele faz X e não Y? Com a máscara, você não consegue ver como ele é, então você procura por qualquer informação que possa encontrar”, continuou.
Por fim, o astro revelou ainda que a máscara teve papel fundamental na forma como ele encarnou o Grabber. “Eu não sabia como ia interpretar o personagem antes de ver a máscara. Achei absolutamente fascinante que houvesse versões diferentes dela para escolher em cada cena”, explicou.
Vale destacar ainda que as máscaras não existiam na versão original de O Telefone Preto: o longa foi inspirado em um conto de Joe Hill, filho de ninguém menos do que o lendário Stephen King, mas o diretor do filme, o mesmo do primeiro Doutor Estranho, fez algumas adaptações. “Há algo de muito autobiográfico na história de amadurecimento na violenta década de 1970 no centro-oeste [dos EUA]. É uma história que reflete as memórias de infância de Scott e avança com uma grande precisão emocional”, disse Joe Hill em entrevista à TIME.

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