Dakota Johnson ganhou muita notoriedade ao estrelar Cinquenta Tons de Cinza, em 2015, e as duas outras sequências da franquia. Ao lado de Jamie Dornan, a atriz interpretou a personagem Anastasia Steele, protagonista dos livros de E.L. James.
Apesar da saga ter sido fundamental para os próximos passos de sua carreira, Dakota Johnson afirmou que se inscreveu para “fazer uma versão muito diferente do filme” que ela e Dornan fizeram. Em entrevista à revista Vanity Fair, ela disse:
Sou uma pessoa sexual e quando estou interessado em algo, quero saber muito sobre isso. É por isso que eu fiz aqueles grandes filmes de nudez.
Johnson fez o teste para o filme lendo um monólogo de Persona, de Ingmar Bergman, e a princípio pensou nas adaptações de E.L. Os romances de ficção da autora seriam “realmente especiais” para trazer para a tela grande. No entanto, James, o estúdio e os diretores divergiam em suas decisões.
“[E. L. James, que atende por Erika] tinha muito controle criativo, o dia todo, todos os dias, e ela apenas exigia que certas coisas acontecessem”, admitiu Johnson. “Havia partes dos livros que simplesmente não funcionariam em um filme, como o monólogo interno, que às vezes era incrivelmente brega. Não funcionaria para dizer em voz alta. Sempre foi uma batalha. Sempre."
Charlie Hunnam foi escalado para estrelar como Christian Grey e, devido a um conflito de agenda, não pôde fazer o longa-metragem. Com a recusa, a autora dos livros originais ficou tão chateada que descartou o novo roteiro.
"Eu era jovem. Eu tinha 23 anos. Então foi assustador”, disse Dakota Johnson. “Acabou de se tornar algo louco. Houve muitos desentendimentos diferentes. Nunca consegui falar sobre isso com sinceridade, porque você quer promover um filme da maneira certa. Estou orgulhosa do que fizemos no final das contas e tudo acaba do jeito que deveria, mas foi complicado.”
Johnson acrescentou que ela e Dornan trabalharam bem juntos porque estavam “fazendo as coisas mais estranhas por anos” juntos. Questionada se tem algum arrependimento em estrelar o polêmico filme, a atriz respondeu:
“Não. Não acho que seja uma questão de arrependimento. Se eu soubesse, na época, que seria assim, acho que ninguém teria feito isso. Teria sido tipo: 'isso era psicótico.' Mas não, eu não me arrependo."