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    Após perder assinantes, Netflix demite 300 funcionários
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Com a crescente perda de usuários, a gigante do streaming tem repensado seu modelo de negócios, chegando a cogitar a criação de novos planos.

    A crise financeira que atingiu a Netflix, após a recente perda de assinantes, acarretou em uma nova onda de demissões. Mais uma vez, a gigante do streaming recorreu ao desligamento de um consideravelmente número de funcionários de seu quadro de empregados, acontecendo de 300 pessoas deixarem a empresa.

    Por meio de um comunicado divulgado pelo The Hollywood Reporter, Reed Hastings e Ted Sarandos, fundadores do streaming, mencionaram as seguintes palavras: "Lamentamos não termos visto nossa desaceleração antes, para que pudéssemos ter garantido um reajuste mais gradual do negócio."

    O mesmo relatório indica que a maioria das demissões partiram dos escritórios da companhia nos Estados Unidos e Canadá, afetando, também, outras regiões do mundo, com 53 pessoas desligadas na Europa, 30 na Ásia e 17 na América Latina. Como noticiado anteriormente pelo AdoroCinemaestes ajustes também colocam na mesa um novo plano que promete ser mais barato, mas com a implementação de anúncios.

    "Sabemos que essas duas rodadas de demissões foram muito difíceis para todos, gerando muita ansiedade e incerteza. Pretendemos voltar a um curso mais normal de negócios no futuro", ainda mencionaram os diretores.

    Vale lembrar que esta é a segunda vez no ano em que a Netflix realiza uma demissão em massa. Em maio, a plataforma cortou 150 funcionários de sua folha de pagamento, tudo como resultado do prejuízo milionário que enfrenta após os cancelamentos de contas no serviço.

    A última vez que o streaming divulgou seus números foi em abril, revelando uma perda de mais de 200 mil assinantes apenas no primeiro trimestre de 2022. E as notícias ainda pioram: o Wall Street Journal confirmou que a projeção para os próximos três meses a partir do primeiro anúncio trará uma nova rodada de perdas, desta vez, chegando à casa dos 2,5 milhões de usuários.

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    NOVOS MODELOS DE ASSINATURA

    Visando contornar o problema, a companhia já tem um projeto em mente: adicionar novos modelos de assinatura. Reed Hastings revelou em uma conferência que a empresa deve se aproximar de planos mais baratos "nos próximos um ou dois anos", com a adição de publicidade durante a experiência dos consumidores.

    “Aqueles que seguem a Netflix sabem que sou contra a complexidade da publicidade e sou um grande fã da simplicidade da assinatura”, disse o CEO. “Por mais que eu seja fã disso, sou um grande fã da escolha do consumidor. E permitir que os consumidores que gostariam de ter um preço mais baixo e sejam tolerantes à publicidade consigam o que querem, faz muito sentido”, completou.

    O executivo ainda revelou que a criação deste novo modo deve-se à aceitação da prática em serviços de streaming concorrentes. Tal mudança prevê uma transformação radical para a plataforma, que nunca aderiu ao uso de propagandas e comerciais na experiência final do usuário.

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