Elvis, o filme de Baz Luhrmann sobre o músico apelidado de "o Rei do Rock", está prestes a chegar aos cinemas. É um filme biográfico estrelado por Austin Butler no papel principal, ambientado ao longo de 20 anos e especialmente focado em aprofundar a relação entre o artista e seu empresário, o coronel Tom Parker, interpretado pelo ator Tom Hanks.
Quem acompanhou a saga da escalação do protagonista, não é surpresa que escolher o ator certo para interpretar o papel de Elvis Presley foi o maior desafio que Luhrmann teve que enfrentar. Em entrevista ao site SensaCine, o cineasta afirmou que achava que nunca o encontraria: "Eu realmente pensei que não ia conseguir porque quanto mais eu sabia sobre Elvis, mais eu percebia o quão espiritual, sensível, gentil e extraordinário ele era." E, finalmente, foi Austin Butler quem o encontrou.
"Ele é todas essas coisas", diz Luhrmann. "Ele perdeu a mãe com a mesma idade de Elvis. E isso levou a essa coisa extraordinária de tocar piano uma noite, quando ele teve um pesadelo com sua mãe, ele fez um vídeo e seu representante o fez enviá-lo”, explica o diretor.
Embora existam muitas coisas que chamam a nossa atenção da cinebiografia, Austin Butler em seu papel como Elvis é o elemento absolutamente chave do filme. Ele tinha que ser autêntico e sua triste conexão com Presley o tornou tragicamente perfeito para o que pode, sem dúvida, ser o papel de sua vida.
Como Presley, Butler era muito próximo de sua mãe, que ele diz ter desistido de sua própria carreira para sustentar a dele. Da mesma forma, Presley e Butler perderam suas mães aos 23 anos, um fato que obcecou Butler enquanto ele mergulhava no artista durante a preparação para viver o personagem. Curiosamente, uma gravação para sua mãe também foi o que fez o futuro empresário do cantor, Tom Parker, descobrir o astro do rock nos anos 50.
"Eu não estava tentando parecer e soar como Elvis", disse Butler à Vogue sobre a época em que estava filmando para a audição. "Eu não estava tentando fazer nada além de pegar essa emoção e despejá-la na música." E essa emoção veio diretamente para Luhrmann: "O que ouvi vocalmente e, mais importante, o que vi emocionalmente, era algo que simplesmente não podia ser ignorado".
Quando o cineasta estava diante dele, sabia que havia encontrado seu Elvis.