Lightyear, a nova animação da Pixar sobre o icônico personagem de Toy Story, enfim chegou aos cinemas, dando ao público a chance de conferir não só a origem do herói que inspirou o brinquedo de Andy, como também a cena de beijo lésbico que gerou tanta polêmica. Primeiro, em março deste ano, funcionários acusaram a Disney de tê-la censurado, mas conseguiram fazer com que a empresa voltasse atrás. Depois, o filme foi banido em três países do Oriente Médio e do Sudeste Asiático por conta do tal trecho em que a personagem dublada por Uzo Aduba troca afeto com sua parceira.
Agora, no entanto, foi a vez de Chris Evans, que empresta sua voz para o protagonista, responder às críticas homofóbicas daqueles que sequer tinham visto Lightyear. "A grande verdade é que essas pessoas são idiotas", disparou em entrevista à Reuters. "A história americana, a história humana é de constante despertar e crescimento social, e é isso que nos torna bons."
"Sempre haverá pessoas com medo, sem consciência e tentando manter o que era antes. Mas essas pessoas morrem como dinossauros", continuou o astro da Marvel. "Acho que o objetivo é não dar atenção a eles, seguir em frente e abraçar o crescimento que nos torna humanos", finalizou.
Lightyear: "A questão é mostrar um relacionamento amoroso e duradouro", defende produtora sobre casal lésbico da animaçãoO beijo em questão envolve Alisha Hawthorne, uma patrulheira espacial que trabalha com Buzz e é sua melhor amiga. Abertamente homossexual, ela engata um romance com outra mulher na trama, se casa, tem filhos e até vira avó. É nesse contexto que Alisha beija sua esposa, mas bastou para que a Disney vetasse a cena, sem imaginar que integrantes da Pixar publicariam uma carta aberta denunciando a postura discriminatória da companhia em seus projetos.
Além disso, foi exposto que a Disney teria supostamente dado apoio financeiro a membros do legislativo por trás do projeto de lei "Don't Say Gay" (ou “Não Diga Gay''). A medida, já aprovada pelo governador da Flórida, tira o direito de professores e escolas de abordarem a existência de pessoas LGBTQIAP+. Diante da repercussão dos protestos, a cena foi mantida em Lightyear, tornando-se a primeira com um beijo entre pessoas do mesmo sexo na história da Pixar.
Na época, Evans comemorou a retirada do veto: "É maravilhoso. Isso me deixa feliz", disse à Variety. "É difícil não ficar um pouco frustrado por ainda ser um tópico de discussão. O objetivo é que possamos chegar a um ponto em que seja a norma, e não seja um território desconhecido. Um ponto em que apenas seja assim", acrescentou.
"É uma honra fazer parte de algo que está dando esses passos, mas o objetivo é olharmos para trás e ficarmos surpresos por termos demorado tanto para chegar aqui", completou.
Onde Lightyear se encaixa na linha do tempo de Toy Story? Diretor esclarece relação com filmes e série spin-off de BuzzCom direção de Angus MacLane (que já havia comandado alguns curtas da franquia Toy Story), Lightyear acompanha Buzz depois que um erro de voo leva o astronauta e seus colegas a caírem em um planeta hostil, a 4,2 milhões de anos-luz da Terra. Com a ajuda da comandante Alisha, ele tenta achar um combustível que os permita voltar para casa. O problema é que o tempo passa de forma diferente para Buzz quando está fora e para aqueles que permanecem na base espacial.
Ao retornar de um dos testes fracassados, ele descobre que nada mais é como antes e que sua única esperança está em um grupo de recrutas inexperientes. Para complicar a situação, eles se deparam com Zurg, uma presença alienígena misteriosa que comanda um exército de robôs implacáveis.
A animação ainda traz em seu elenco de dubladores Keke Palmer, Taika Waititi e James Brolin. No Brasil, é o apresentador Marcos Mion quem interpreta o herói do Comando Estelar.
Confira a crítica do AdoroCinema clicando aqui!