Um ano antes de ganhar o Oscar de Melhor Ator por Forrest Gump, Tom Hanks levou sua primeira estatueta na categoria por sua magnífica performance em Filadélfia. Na trama dirigida por Jonathan Demme, o astro deu vida a um advogado gay que processa seus ex-empregadores depois que os mesmos o demitem sabendo que ele tem AIDS. Lançado em 1993 e embalado pela fabulosa canção de Bruce Springsteen, “Streets of Philadelphia”, o drama teve um impacto significativo na época de seu lançamento.
Durante uma entrevista concedida ao jornal The New York Times e publicada no dia 10 de junho, em plena promoção do seu novo filme Elvis, Hanks revisitou seu papel em Filadélfia e teceu uma autocrítica. “Um homem heterossexual poderia fazer hoje o que eu fiz? Não, e com razão”, disse o ator.
Tom Hanks critica trilogia O Código Da Vinci e revela que trocou de calça na frente da Mona Lisa“O objetivo de Filadélfia era dizer 'não tenha medo'. Uma das razões pelas quais as pessoas não estavam com medo desse filme era porque eu estava interpretando um homem gay”, examinou ele. “Estamos além disso agora, e não acho que as pessoas aceitariam a inautenticidade de um héterossexual interpretando um gay.”
“Não é um crime, não é lamúria alguém falar que agora você precisa de mais autenticidade e exigências em um filme [dessa natureza]”, completou Hanks.
Com mais de 40 anos de carreira, ele agora tem como desafio encarnar o “vilão” da cinebiografia Elvis, dirigida por Baz Luhrmann (Moulin Rouge). A história acompanha a lenda do rock Elvis Presley (Austin Butler) sob a perspectiva de seu relacionamento com o empresário, Coronel Tom Parker, uma figura polêmica e apontada por parte dos fãs como um obstáculo na trajetória do músico.
Tom Hanks se transforma para filme de Elvis Presley e vive um de seus poucos vilões no cinema: “Bandido barato”Vale lembrar que Elvis estreou no Festival de Cannes 2022 e foi recebido com mais de 10 minutos de aplausos. O longa-metragem chega aos cinemas brasileiros em 14 de julho, reunindo ainda nomes como Olivia DeJonge, Kodi Smit-McPhee, Richard Roxburgh, Kelvin Harrison Jr. e David Wenham.