Vencedor do Oscar, Tom Hanks é um dos atores mais populares e aclamados de Hollywood com mais de quatro décadas de carreira. Mas nem só de sucessos vive um ator e, recentemente, Hanks criticou O Código Da Vinci (2006) e suas sequências que ele participou, mas considera filmes meramente comerciais.
Filmes com Tom Hanks: Ator elege os 3 favoritos de sua carreira (Forrest Gump e Soldado Ryan não estão na lista)"Por Deus, aquilo foi um investimento comercial. Sim, as sequências de Robert Langdon são besteiras. O Código Da Vinci é uma besteira", revela Tom Hanks em entrevista ao The New York Times. "Elas são deliciosas caças ao tesouro que são tão precisas para a história quanto os filmes de James Bond são para a espionagem. Mas elas são tão cínicas quanto um jogo de palavras cruzadas", completa o ator.
Tom Hanks aproveitou para brincar sobre as liberdades criativas tomadas por Dan Brown, autor dos livros originais que inspiraram as adaptações para o cinema estreladas por Hanks no papel de Robert Langdon. "Ele escreve: 'Aqui está uma escultura em um lugar de Paris!'. Bom, não, ela está em outro lugar. 'Olhe como essas locações formam uma cruz no mapa?'. Bem, é tipo uma cruz", comenta o ator.
Na mesma entrevista para o The New York Times, Tom Hanks deixa claro que não tem nenhum problema com a produção de filmes mais comerciais (ou blockbusters), desde que eles sejam bem feitos – o que, para ele, não era o caso de O Código Da Vinci e suas duas sequências. "Tudo o que estávamos fazendo era prometer uma distração. Não há nada de errado com um bom filme comercial, desde que seja um bom filme comercial. Quando fizemos o terceiro, provamos que não era o caso dessa franquia", completa.
Tom Hanks como Robert Langdon na trilogia O Código Da Vinci
Tom Hanks interpretou Robert Langdon, professor de iconografia religiosa e simbologia da Universidade Harvard, protagonista de O Código Da Vinci (2006) – adaptação do livro de Dan Brown que foi sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 700 milhões de dólares no mundo todo. Ele retornou para o papel em duas sequências, Anjos e Demônios (2009) e Inferno (2016). No total, a trilogia faturou quase 1,5 bilhão de dólares, mesmo com as sequências tendo retornos menores de investimento e com críticas ainda piores.
Mesmo com suas críticas aos filmes, Hanks não se queixa de fazer parte do legado de O Código Da Vinci, especialmente por causa de uma curiosidade interessante: ele trocou de calças na frente da Mona Lisa.
"Deixe-me dizer mais uma coisa sobre O Código Da Vinci. Era meu aniversário de 40 e poucos anos. Estávamos filmando no Louvre à noite. Troquei de calça na frente da Mona Lisa! Eles me trouxeram um bolo de aniversário no Grand Salon! Quem pode ter essa experiência? Algum cinismo aí? De jeito nenhum."
Depois do lançamento de Inferno em 2016, as adaptações dos livros de Dan Brown continuaram com a série spin-off do Peacock, chamada The Lost Symbol (baseada em O Símbolo Perdido), que estreou em 2021 com Ashley Zukerman assumindo o papel de Robert Langdon vivido anteriormente por Tom Hanks.
O próximo trabalho de Tom Hanks é na cinebiografia de Elvis Presley comandada por Baz Luhrmann, intitulada apenas de Elvis, que estreia nos cinemas brasileiros em 14 de julho, onde ele se transformou e interpreta um dos poucos vilões de sua carreira: Tom Parker – o controlador empresário do cantor.