Depois da tão aguardada estreia de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura — confira aqui a crítica do AdoroCinema — a grande novidade relacionada à Marvel fica por conta de um possível retorno de Stan Lee às produções do estúdio, que não fazia uma ponta em um longa-metragem desde seu falecimento em 2018.
Relembre as participações especiais de Stan Lee nos cinemas e séries de TVSegundo o The Hollywood Reporter, a Marvel assinou um contrato de 20 anos com a Genius Brands International e a POW! Entertainment's - responsáveis pelo legado do artista -, visando licenciar a imagem de Lee em futuros filmes e produções de TV, parques temáticos da Disney, merchandising e outras atrações.
Este novo acordo abre as portas para que as aparições do astro no MCU retornem em um futuro próximo, obviamente, com o uso de CGI e imagens antigas. Dentro deste ponto, O CEO e presidente da Genius Brands, Andy Heyward, fez a seguinte declaração:
Isso realmente garante que Stan, por meio de tecnologia digital, imagens de arquivo e outras formas, viva no local mais importante, os filmes da Marvel e os parques temáticos da Disney. É um negócio amplo.
UMA PRÁTICA COMUM E POLÊMICA EM HOLLYWOOD
Embora as aparições de Lee no MCU tenham sido uma parte marcante junto ao público, a possibilidade do retorno de um dos maiores nomes da Marvel, via computação gráfica, pode ser recebida com uma resposta dividida dos fãs. Para quem não lembra, a Disney já tentou uma tática semelhante com Rogue One: Uma História Star Wars e Star Wars: A Ascensão Skywalker, visando incluir Carrie Fisher (Princesa Leia) e Peter Cushing (Grão Moff) em suas histórias, e ambos foram recebidos com uma parcela de reações negativas por parte de críticos e fãs.
Apesar da controvérsia, tal tendência não é novidade em Hollywood, sendo aplicada por alguns cineastas durante os anos. Em 2019, foi anunciado que Finding Jack, um filme em produção sobre a Guerra do Vietnã, reviveria por CGI o ator James Dean, morto em um acidente de carro em 1955. Assim que a notícia foi divulgada, deu-se início a uma chuva de críticas, envolvendo inclusive Chris Evans, intérprete do Capitão América.
“Isso é terrível. Talvez nós possamos arranjar um computador para pintar um novo Picasso. Ou compor canções de John Lennon. A total falta de entendimento aqui é vergonhosa”, escreveu Evans em seu Twitter.
Além disso, em 2011, a Dior recriou Marilyn Monroe, Marlene Dietrich e Grace Kelly, digitalmente, para uma campanha de perfume, em um incidente que se torna ainda mais trágico se levarmos em consideração que Marilyn era garota-propaganda da rival Channel quando viva. Não muito distante, a revista Time chegou a chamar a prática de “necromancia digital”, criticando o quão longe algumas empresas estavam indo para obter lucro.