Silverton: Cerco Fechado é o novo filme da Netflix que, atualmente, figura entre as produções mais assistidas da semana no streaming. Dirigido por Mandla Dube, o filme acompanha três rebeldes que lutam contra o apartheid. Após uma perseguição da polícia, em meio a uma missão fracassada, o trio busca refúgio em um banco em Silverton, na Pretória, capital da África do Sul. Fazendo clientes de reféns, eles exigem a libertação de Nelson Mandela em troca dos prisioneiros no local.
Com uma história tão intensa, os espectadores podem estar se perguntando se essa história é verídica ou puramente ficção. Por isso, o AdoroCinema veio sanar essa dúvida!
O filme conta uma história real?
A respostá é: sim e não. Enquanto trabalhava no roteiro, o escritor estreante Sabelo Mgidi se inspirou no histórico incidente de Silverton Siege, que se desenrolou na manhã de 25 de janeiro de 1980. O longa-metragem mantém grande parte dos acontecimentos deste dia. No incidente em questão, os combatentes Stephen Mafoko, Humphrey Makhubo e Wilfred Madela supostamente planejavam realizar um ataque a depósitos de petróleo perto de Mamelodi. No entanto, perceberam que a polícia os estava seguindo. Assim, mudaram de rota e foram parar no banco.
No processo, o trio manteve 25 reféns civis no andar térreo do banco. Como resultado, seguiu-se um impasse de seis horas de duração. As demandas deles, assim como o filme retrata, foram variadas, variando de 100 mil em dinheiro a uma passagem segura para Maputo de avião. Mais tarde, eles exigiram a libertação de Nelson Mandela, que cumpria pena de prisão perpétua desde 1964 na Prisão de Robben Island, sob a acusação de sabotagem. A exigência de falar com o presidente do Estado Vorster e, por sua vez, libertar Mandela acabaria por desencadear o movimento Free Mandera (Mandela Livre), causando uma onda pelo país.
No entanto, no final, o filme se torna totalmente ficcional. Embora o filme tente colocar os rebeldes uns contra os outros, a história real aponta que a polícia provavelmente matou Humphrey Makhubo e Wilfred Madela. Além disso, embora negada por um personagem do filme, parece que havia outras saídas pelos fundos, de onde os funcionários do andar superior escaparam e a polícia entrou.
Stephen Mafoko foi a única pessoa da equipe que lutou, criando diversão por meio de granadas de mão. Como o filme sugere, dois reféns morreram, mas em circunstâncias completamente diferentes. Valerie Anderson, que aparentemente foi ferida pela granada de Mafoko, morreu no local, enquanto outra refém, Anna de Klerk, morreu no hospital. Portanto, considerando todos os aspectos, o filme mistura história real e ficção.