Steven Spielberg marcou a história da sétima arte com grandes filmes de ficção científica, tais quais E.T. - O Extraterrestre, Jurassic Park e A.I. - Inteligência Artificial. Também responsável por dramas como A Lista de Schindler ou O Resgate do Soldado Ryan, o cineasta americano desfruta agora de um sucesso inusitado com Amor, Sublime Amor, que vai disputar, no domingo (27), sete categorias do Oscar 2022 – entre elas, Melhor Direção. Mas parece que o remake do longa-metragem de 1961 vai ser a primeira e última investida de Spielberg no gênero musical.
Durante o tradicional café da manhã que antecedeu o Producers Guild Awards deste ano (19), o diretor compartilhou com o público presente que nunca mais vai dirigir outro projeto do tipo em sua carreira, alegando que os desafios são inúmeros (via Variety).
Spielberg ainda relembrou o momento em que foi à casa de Stephen Sondheim – letrista do musical da Broadway que originou a versão cinematográfica – para obter os direitos de adaptação. "Seus cães estavam cheirando minha virilha, e eu estava com medo de afastá-los [já que] eu não queria ofendê-lo", contou o cineasta.
Amor, Sublime Amor: Diretor Steven Spielberg revela por que deixou parte do filme SEM legendasEmbora não pretenda comandar mais nenhum musical, Spielberg está envolvido em alguns. Atualmente, ele serve como coprodutor de A Cor Púrpura, livro homônimo de Alice Walker que ele mesmo transformou em filme em 1985 e que vai ganhar uma releitura estrelada por Fantasia Barrino e Danielle Brooks. O original recebeu 11 indicações ao Oscar e rendeu a Spielberg seu primeiro Directors Guild of America Awards.
Por sua vez, Amor, Sublime Amor (ou West Side Story, em inglês) estreou nos palcos da Broadway em 1957, tendo como inspiração o clássico "Romeu e Julieta", de William Shakespeare. A primeira adaptação para as telonas se deu em 1961, com direção de Robert Wise e Jerome Robbins. Com Rita Moreno, Richard Beymer e Natalie Wood no elenco, foi indicado a 11 prêmios da Academia e levou 10 – incluindo Melhor Filme.
Amor, Sublime Amor: 40 anos depois, morte de atriz do filme clássico ainda é um mistérioA refilmagem lançada em 2021 retoma a história de amor e rivalidade juvenil ambientada na Nova York de 1957. As gangues Jets, estadunidenses brancos, e os Sharks, descendentes e/ou porto-riquenhos, são oponentes que tentam controlar o bairro de Upper West Side.
É nesse contexto que Maria (Rachel Zegler) chega à cidade para seu casamento arranjado com Chino (Josh Andrés Rivera), o que parece não lhe agradar em nada. Quando, durante uma festa, a jovem se apaixona por Tony (Ansel Elgort), ela precisa lidar com o fato de ambos fazerem parte de grupos adversários – Maria dos Sharks e Tony dos Jets. Os dois pombinhos vão, portanto, enfrentar tudo e todos para viver esse romance proibido.
Disponível no catálogo do Disney+, o longa-metragem também conta com Ariana DeBose (indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante), Ben Cook, David Alvarez e Corey Stoll, além do retorno de Rita Moreno.
O roteiro fica a cargo do premiado Tony Kushner, igualmente indicado ao Oscar 2022 e ganhador do Prêmio Pulitzer. Sondheim, Leonard Bernstein e Jerome Robbins se ocupam da música, das letras e da coreografia.