Falta pouco para o Oscar 2022, que acontece no dia 27 de março, e desde que foi divulgada a lista de indicados, algumas personalidades de Hollywood vem revelando opiniões polêmicas sobre a maior premiação do cinema mundial. Conhecido por grandes projetos como Matador de Aluguel e Nasce uma Estrela, o ator Sam Elliot fez duras declarações sobre o filme favorito ao prêmio de melhor do ano, Ataque dos Cães, principalmente sobre a maneira que ele aborda a homossexualidade e a visão da diretora sobre o oeste norte-americano.
Há 20 anos, nenhuma mulher negra ganha Oscar de Melhor AtrizBaseado no livro “The Power of the Dog”, escrito por Thomas Savage e publicado em 1967, Ataque dos Cães conta a história de Phil (Benedict Cumberbatch) e George (Jesse Plemons), dois irmãos ricos e proprietários da maior fazenda de Montana. Enquanto o primeiro é brilhante, mas cruel, o segundo é a gentileza em pessoa. A relação dos dois vai do céu ao inferno quando George se casa secretamente com a viúva local Rose (Kirsten Dunst). O invejoso Phil fará de tudo para atrapalhá-los.
Durante sua participação no podcast WTF with Marc Maron, Elliot foi questionado se já tinha assistido a Ataque dos Cães, foi então que ele respondeu: “Você quer falar sobre aquele pedaço de merda?”. O ator explicou seu descontentamento com o filme, dirigido por Jane Campion, ressaltando principalmente o fato da produção subverter os moldes já clássicos dos filmes de faroeste que ele tanto conhece e já protagonizou. Além de chamar o filme de "merda", o ator reclamou do longa ter sido filmado na Nova Zelândia em vez de nos EUA e criticou suas tendências homossexuais.
Ataque dos Cães: Entenda a reviravolta sinistra no final do filme da NetflixPara começo de conversa, ele comparou os cowboys do filme a um grupo de strip-tease masculino, “É assim que todos esses malditos cowboys naquele filme pareciam. Eles estão todos correndo de calças e sem camisa, há todas essas alusões à homossexualidade ao longo do filme”, afirmou Elliot. O ator, então, criticou Campion depois de fazer algumas ponderações. “Ela é uma diretora brilhante, eu amo seu trabalho anterior, mas o que diabos essa mulher lá de baixo, Nova Zelândia, sabe sobre o oeste americano? E por que diabos ela gravou esse filme na Nova Zelândia e chamou isso de Montana [estado norte-americano]? Isso me incomodou”, ressaltou.
Ao longo das duras críticas, Elliott pergunta “onde está o faroeste neste faroeste?” e também ressaltou alguns hábitos do personagem de Cumberbatch: “Toda vez que ele entrava em algum lugar, ele nunca estava em um cavalo, talvez uma vez – ele entrava na p*rra da casa, subia as escadas, deitava na cama e tocava banjo. Tipo, que p*rra é essa?”, concluiu o ator.
A Netflix, então, respondeu às críticas de um jeito sutil e conciso, compartilhando um diálogo do próprio filme, no qual a personagem de Kirsten Dunst diz: "ele é só um homem. Só mais um homem".