Após a notícia de que a Warner Bros está sendo processada pela Village Roadshow por conta da distribuição de Matrix: Resurrections, a bomba agora fica a cargo da resposta do estúdio, que está acusando a Village de ter planejado a ação para se promover, sugerindo, também, que houve calote por parte da produtora.
Em uma carta aberta ao público, a Warner colocou que as denúncias da Village são de caráter falso e que a disputa não tem embasamento legal. O estúdio também afirmou que chegou a acordos aceitáveis com todos os seus parceiros para reduzir o risco deles no caso de desempenho financeiro inferior ao previsto, com a notável exceção da Village Roadshow.
“As ações da Village foram dúbias e esse processo é igualmente armado. A Village ficou feliz por ter seu nome nos créditos do filme, viajar para a estreia mundial em São Francisco e se apresentar à mídia como produtora do filme. Agora, eles renegaram sua obrigação contratual de pagar sua parte do custo do filme”, publicou a Warner em uma das partes de seu comunicado.
Em outro trecho, o estúdio ainda afirma que o planejamento de seus lançamentos híbridos fez parte de uma estratégia para ajudar no combate à pandemia do Covid-19, auxiliando na manutenção do isolamento social.
Para quem não está por dentro do imbróglio, anteriormente, a Village Roadshow, produtora que co-financiou o quarto capítulo de Matrix — e também a trilogia original —, entrou com uma ação contra a Warner alegando que o estúdio orquestrou um lançamento simultâneo, no cinema e na HBO Max, para sustentar o streaming às custas da reputação da franquia Matrix. Os advogados argumentam que os terríveis números da bilheteria de Resurrections foram prejudicados pelo formato híbrido de lançamento adotado pela Warner, o que contratualmente atrapalhou os lucros da Village Roadshow.
DISNEY E SCARLETT JOHANSSON TAMBÉM TIVERAM PROBLEMA PARECIDO
Em julho do ano passado, um processo semelhante foi movido pela atriz Scarlett Johansson contra a Disney, estúdio por trás dos sucessos da Marvel. Nele, os advogados de Scarlett alegaram que o contrato da atriz foi violado quando a Disney optou por não estrear Viúva Negra exclusivamente nos cinemas — uma atitude que, segundo eles, foi responsável por diminuir a bilheteria do longa, prejudicando, assim, a porcentagem da atriz nos lucros.
A decisão da Disney afetou parte do salário da atriz por conta do mesmo estar ligado ao desempenho do longa na venda de ingressos, havendo, inclusive, um bônus por meta. Na descrição do processo, é possível ler: “A Disney induziu intencionalmente a violação do contrato da Marvel, sem justificativa, a fim de evitar que a Sra. Johansson recebesse todos os benefícios de sua barganha com a Marvel”.
Após processar Disney, Scarlett Johansson recebe apoio de Elizabeth Olsen