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    Inimiga Perfeita: Entenda o final do enigmático suspense da Netflix
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Recentemente adicionado ao catálogo da plataforma de streaming, Inimiga Perfeita apresenta uma angustiante história de culpa.

    Com estreia feita na semana passada na Netflix, o longa-metragem Inimiga Perfeita está sendo bastante elogiado pela crítica especializada, configurando mais uma produção de sucesso para o catálogo streaming. Ao apresentar um enigmático suspense como enredo, acompanhamos a história de um homem que vê sua vida mudar após conhecer uma jovem a caminho do aeroporto.

    Na trama, Jeremy (Tomasz Kot) é um bem-sucedido arquiteto que acaba conhecendo Texel (Athena Strater) enquanto espera por seu voo em um terminal que projetou há vinte anos. Quando ela passa a insistir em contar sua história de vida, Jeremy começa a sentir que há algo de estranho nos contos, deixando o encontro cada vez mais suspeito. A obra é baseada no livro belga The Enemy’s Cosmetique.

    Inimiga Perfeita
    Inimiga Perfeita
    Data de lançamento 3 de dezembro de 2021 | 1h 29min
    Criador(es): Kike Maillo
    Com Tomasz Kot, Marta Nieto, Dominique Pinon
    Usuários
    3,0
    Assistir em streaming

    Devido a um final que pode soar ambíguo para alguns, certas dúvidas começaram a surgir a respeito do que realmente aconteceu ao fim do filme. Dito isso, confira abaixo a explicação dos acontecimentos de Inimiga Perfeita:

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    Pode-se dizer que todas as histórias contadas por Texel, de certa forma, são verdadeiras, porém, nenhuma delas ocorreu com a jovem. Como dito no longa, a personagem não passa de um fruto da imaginação de Jeremy, criada como consquência da culpa sentida por assassinar a esposa. Os contos de Texel são construídos por elementos do passado do arquiteto, misturados a novos detalhes, exatamente para que ele mesmo não desconfie de estar ouvindo partes de sua própria vida.

    No momento em que foi morta, a mulher de Jeremy estava grávida, fato que ele só descobre minutos após assassiná-la. A partir daí, o arquiteto começa a sofrer de uma grande crise de consciência, culpado pelo ato e passando a negar que o mesmo tenha ocorrido. Texel, então, manifesta-se sob a forma de uma projeção mental, que serve como uma espécie de reservatório psicológico para todo o remorso sentido pelo rapaz. Em outras palavras, ela representa a parte culpada do protagonista.

    Levando em consideração que Texel deseja morrer, podemos concluir que uma parte de Jeremy também quer o mesmo. O ponto central do longa estrutura-se em cima do conflito interno do arquiteto, dividido entre querer morrer por conta do grande remorso que varreu para baixo dos tapetes do inconsciente e a negação de seus atos, que o protege de se sentir responsável.

    Ao fim, após a briga imaginária no banheiro do avião — onde de maneira bem representativa, ele enterra sua parte culpada em cimento — concluímos que a parte negacionista venceu, continuando, Jeremy, a propagar a história contada no início do filme, de que sua ex-esposa simplesmente foi embora, sumindo sem dizer para onde.

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