Um dos filmes de terror mais assustadores de todos os tempos, O Exorcista marcou a história do cinema. O longa-metragem, através dos anos, ganhou alguns reboots, continuações e spin-offs, mas o clássico, mesmo, filmado em 1973, ainda vive, revolucionando a forma de construção do gênero cinematográfico terror até os dias de hoje.
Com direção de William Friedkin, o longa é baseado no livro homônimo de William Peter Blatty, publicado em 1971. Na trama, em Georgetown, Washington, uma mãe vai gradativamente tomando consciência de que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento anormal. Deste modo, ela busca os conhecimentos de um psiquiatra que também é padre, que logo passa a desconfiar que a jovem está possuída por um demônio. Ele solicita, então, a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina do terrível mal.
Apesar da história ser conhecida, o que muitos não sabem é que o enredo da obra é inspirado por um caso supostamente real, acontecido com o falecido engenheiro da Nasa, Ronald Edwin Hunkeler. Na época, com apenas 14 anos, Hunkeler começou a notar diversos eventos paranormais em sua casa, em Maryland, nos Estados Unidos. Além de presenciar batidas e arranhões na porta do quarto, relatos também apontam que o jovem sofria com objetos sendo arremessados por forças misteriosas. Um pastor da família chegou a confirmar os acontecidos, contando que presenciou uma cama ser arrastada sem ninguém por perto, além de uma imagem de Jesus Cristo que sempre balançava quando Hunkeler estava presente.
O Exorcista lidera ranking dos 20 filmes de terror mais sinistrosEm 1949, o menino foi submetido a uma série de exames médicos e psicológicos que não encontraram nada de errado, além de também ter o caso estudado pelo Laboratório de Parapsicologia da Universidade Duke. Segundo Friedkin, diretor de O Exorcista, a família do adolescente buscou ajuda com “médicos, clínicas e finalmente voltou-se para o seu próprio pastor da Igreja Luterana, que recomendou que eles consultassem um padre especialista em exorcismos” — assim como no filme.
O jornal New York Post relata que Hunkeler foi submetido a uma média de 20 exorcismos em um espaço de tempo de três meses, sendo internado em um hospital após os eventos paranormais continuarem a acontecer ao seu redor.
“Certa noite, a palavra ‘Louis’ foi escrita nas costelas do menino, em vermelho escuro. Em seguida, quando houve certa dúvida sobre a hora de ir embora do hospital, a palavra ‘sábado’ foi escrita claramente no quadril do menino. Quanto ao tempo em que a mãe e o menino deveriam ficar em St. Louis, outra mensagem foi impressa no peito do garoto: ‘3 semanas e meia’”, contou William Bowdern, um sacerdote católico que presenciou o caso.
Ele ainda completa, afirmando que os ferimentos não teriam como ter sido feitos pelo próprio Hunkeler: “As marcações sempre apareceram sem qualquer movimento por parte das mãos do menino, que era mantido sob estreita supervisão da mãe. Parecia haver uma grande dor quando as marcas ocorriam, de modo que o menino se dobrava e emitia um som bastante assustador. As marcações não poderiam ter sido feitas por ele, pelo motivo adicional de que em uma das ocasiões apareceu algo escrito em suas costas”.
Após supostamente ter se livrado do demônio em 1949, Hunkeler continuou preocupado com o que poderia vir a acontecer, mesmo depois de entrar para a Nasa, onde trabalhou até 2001. A viúva do engenheiro conta que eles sempre saíam de casa no Halloween, pois ele acreditava que algo iria buscá-los, se lá ficassem.
Apesar de todo o ocorrido, a ex-esposa dele ainda adiciona que Hunkeler não acreditava ter sido possuído. De acordo com ela, ele afirmava apenas “ter sido um menino mau".
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