A Netflix acaba de lançar um novo filme original que promete ser a comédia romântica do momento. Fomos Canções, dirigido por Juana Macías, é uma adaptação de dois livros de Elísabet Benavent, a bilogia Canções e Memórias.
Com duas horas de duração, ele conta a história de Macarena (María Valverde), uma jovem que vive do trabalho precário como assistente de uma 'influenciadora' e que procura a felicidade sem ter conseguido superar o seu ex-namorado Leo (Aléx González).
“Há muitas Macas em Maca e muitos Leos em Leo”, garante María Valverde em sua entrevista a SensaCine. “É importante contar as histórias de um ponto de vista mais natural, que normalizemos tudo, que não idealizemos certas coisas”, completa a atriz.
ROMANCE SEM IDEALIZAÇÃO
A frase reflete aquela tendência mais atual que tira de cena as mais clássicas histórias de amor para nos dar enredos com os quais possamos nos identificar de verdade. O co-protagonista Álex González concorda. Mesmo assim, ele pensa que Fomos Canções mantém um equilíbrio perfeito e consegue mostrar também aquela parte mais mágica das histórias de amor.
“Gosto muito que tenha os dois: Tem a parte mais crua que mostra você que a vida não é tão bonita quanto foi pintada nos filmes e que, para amar, você precisa amar a si mesmo primeiro; mas também fala daquele desejo que temos de amar e ser amados, de viver aquela magia”, explica.
Juana Macías trabalhou de perto com Elísabet Benavent para adaptar seus livros e deixa claro que o que deve ser banido é a parte prejudicial do romântico: “O romantismo que idealiza e se afasta da realidade, que aprisiona nos em buscas impossíveis", diz a diretora.
PERSONAGENS REAIS
E é justamente o que acontece com as três protagonistas do filme, Maca, Jimena (Elisabet Casanovas) e (Susana Abaitúa). Enquanto a primeira não consegue superar um término ocorrido anos atrás, Jimena tenta encontrar em outros homens a reencarnação de seu falecido namorado e Adriana insiste em continuar em um relacionamento que não a deixa feliz.
“Elas estão fisgadas por um sentimento do que é o amor que não está conectado com a realidade. E quando você não está conectado com a realidade, você sofre. Suas expectativas não são realizáveis. Esse amor entendido como sacrifício, como dor, como se afastar colocar o outro.", diz Macías. "Maca diz no final: 'Você tem que aprender a amar a si mesmo e então você pode amar o outro' e esta é, no fundo, a melhor mensagem do filme", garante María Valverde.
Valéria: Tudo o que você precisa saber para assistir a 2ª temporada da série da Netflix“É muito importante que haja personagens em dúvida, inseguros, e que nem sempre tenham as coisas claras. Isso é o que conecta uns aos outros”, explica a diretora. "Todos os questionamos. O importante é saber que, mesmo a partir daí, se pode construir um caminho. Tem que se arriscar. Do contrário, fica na zona de conforto, que às vezes é muito bom, mas às vezes não é tão bom", completa.
Fomos Canções é adaptação de uma bilogia, mas o filme que chegou à Netflix cobre os dois romances na íntegra. Uma "decisão arriscada" que deu muito trabalho para a equipe, mas que eles deixaram bem claro o que tinham que fazer: "Tomamos a decisão de contar sobre a jornada de Maca, de contar todo o seu arco emocional. De onde começa para onde termina. Não poderíamos deixar pela metade ”, explica Macías.
No entanto, tanto María Valverde como Álex González estão maravilhados com a experiência e ficariam encantados em vivê-la novamente e voltar a ocupar o lugar de Maca e Leo.