Quem conhece os trabalhos de Quentin Tarantino sabe que cenas violentas e sangrentas fazem parte de sua assinatura artística nos filmes e Kill Bill é apenas um dos exemplos. Embora nem o Volume 1 e nem o 2 sejam apropriados para crianças, o cineasta definiu um padrão de idade aceitável para o público infantil consumir seus longa-metragens.
Em recente entrevista ao site Deadline, o diretor falou sobre seu filho Leo, nascido em fevereiro de 2020, e foi questionado sobre a idade em que ele deixaria o menino assistir aos seus filmes. “Se estivermos julgando por mim, eu vi um monte de coisas logo no início [da vida], você sabe... Se eu tivesse que imaginar, ele provavelmente, como um garotinho, ficaria mais atraído por Kill Bill, algo entre cinco, seis ou sete anos.”
Quentin Tarantino também revelou que deseja que seu filho tenha a mesma educação cinematográfica formativa que ele teve e descubra o que significa assistir a filmes “sérios” e cult quando jovem. “Durante todo o período da Nova Hollywood, eu assistia a esses filmes aos 6 e 7 anos. Eu vi À Queima-Roupa quando foi lançado em 1968, quando eu tinha entre 6 e 7 anos. Todos os exaltados filmes de Nova Hollywood, esses eram os filmes que cresci assistindo e isso é uma grande parte do que será o próximo livro”, disse o cineasta, que publicou recentemente sua versão literária de Era Uma Vez em Hollywood, publicado no Brasil pela Editora Intrínseca.
Seu novo livro tem trazido de volta algumas questões polêmicas em torno de Era Uma Vez em Hollywood, como as críticas sobre a representação de Bruce Lee no filme — que pode ser a penúltima produção cinematográfica de sua carreira.
Quentin Tarantino pretende se aposentar
Há muito tempo, Quentin Tarantino tem feito declarações dizendo que deseja se aposentar em seu décimo filme — ou seja, apenas mais um longa-metragem depois de Era Uma Vez em... Hollywood. Estrelado por Brad Pitt, Leonardo DiCaprio e Margot Robbie, a trama é ambientada na Los Angeles de 1969, onde tudo está em fase de transformação na indústria do cinema quando o astro Rick Dalton e seu dublê Cliff Booth fazem seus nomes nos momentos finais da era de ouro de Hollywood.
Após lançar o filme citado no parágrafo acima, Quentin Tarantino vem reiterando sua vontade de deixar de ser diretor de cinema porque, segundo ele, a maioria dos grandes cineastas, ao longo da história, fez seus piores filmes no final de sua carreira — e ele quer evitar ser vítima do mesmo destino.
"A maioria dos caras tem últimos filmes horríveis. Normalmente, seus piores filmes são os últimos. E esse é o caso da maioria dos diretores da Era de Ouro que acabaram fazendo seus últimos longas no final dos anos 60 e 70, e acabou sendo o mesmo para a maioria dos novos Diretores de Hollywood que fizeram seus últimos filmes no final dos anos 80 e nos anos 90.”