A Sessão da Tarde desta sexta-feira (4) vai exibir Maria do Caritó. O enredo acompanha Maria, uma solteirona que está se apoiando em superstições mágicas para encontrar um marido. Em seu diálogo com o santo matrimonial, ela implora por um companheiro, mas está prometida à Santa Djalminha desde o nascimento, como pagamentos por ter nascido viva e saudável em um parto complicado.
Apesar de manter a fama de milagrosa entre os moradores da cidade, Maria continua buscando um amor verdadeiro. Assim, ela pede um sinal dos céus e recebe o seguinte chamado de uma cigana: "alguém que a ama muito, mas você não sabe, que virá de longe em uma caravana de artistas”. Logo, a mulher começa sua busca, sem saber quem vai encontrar no final da jornada.
O filme é dirigido por João Paulo Jabur, que também dirigiu a série Desalma, da Globoplay, e as novelas Novo Mundo, Salve Jorge e Salve-se Quem Puder, que atualmente está em exibição na Rede Globo. Já o elenco é formado por Lília Cabral, Juliana Carneiro da Cunha, Kelzy Ecard e Leopoldo Pacheco.
Maria do Caritó é baseado em peça de teatro
Criada pelo pernambucano Newton Moreno, a peça Maria do Caritó foi escrita para marcar o retorno de Lília Cabral aos palcos, no ano de 2010. A atriz passou cinco anos apresentando o espetáculo e recebeu muitos prêmios por sua performance até chegar às telonas de cinema. Em entrevista à Folha, ela disse:
"Quando as pessoas propunham (transformar o espetáculo em filme), eu não achava que era o momento certo ainda. Só depois que começamos a viajar com a peça foi que eu senti de fato que poderia ter esse voo. Passando por várias cidades, pude perceber que a história tem uma brasilidade que é incorporada em qualquer lugar"
Lília Cabral não queria exagerar no sotaque nordestino
Apesar de personagens sertanejas serem retratadas com sotaque carregado e de forma exageradamente bem-humorada, Lília Cabral escolheu não exagerar no modo de falar. Em conversa com o AdoroCinema em 2019, a atriz disse:
“Eu não gosto de humor exagerado, até porque não tinha motivos para o exagero neste projeto. Essa não é uma história para as pessoas gargalharem, é apenas a história de uma personagem que, por acaso, passa por alguns momentos bastante divertidos. Mas outros momentos são tristes, solitários e melancólicos. Eu jamais faria desta personagem uma mulher totalmente desestabilizada só para ganhar uma risada a mais – até porque se eu exagerar, eu não ganho uma risada, mas perco algumas.”