Cruella é o mais novo lançamento da Disney, trazendo Emma Stone como a versão jovem da icônica vilã já interpretada por Glenn Close nos anos 90. A história vem caindo nas graças do público e da crítica (inclusive do AdoroCinema), porém uma de suas reviravoltas aborda uma questão já clássica dos cinemas. Por sua vez, tal arco nos remete até a franquia Star Wars — que também é uma produção da empresa de Mickey Mouse. Logo, será que existe uma relação entre as duas obras?
Qual é a história de Cruella?
Sob a direção de Craig Gillespie (Eu, Tonya), Cruella acompanha a jornada da famosa personagem antes dela assumir o nome da vilã de 101 Dálmatas. Em pleno cenário punk rock de Londres nos anos 70, ela era Estella (Emma Stone); uma jovem inteligente, malandra e criativa, determinada a fazer sucesso no mundo da moda. Mas quando seu talento chama a atenção da poderosa Baronesa von Hellman (Emma Thompson), uma revelação faz a protagonista abraçar seu lado perverso, se transformando na Cruella De Vil e começando uma guerra fashionista.
Cruella: Emma Stone revela seu figurino favorito do filme (Entrevista Exclusiva)Atenção: o texto a seguir contém SPOILERS de Cruella. Leia por sua conta e risco!
Em determinado momento, Estella descobre que a baronesa é responsável pela morte de sua mãe, Catherine (Emily Beecham), e se empenha numa vingança contra a famosa designer, com o apoio relutante de Horácio (Paul Walter Hauser) e Jasper (Joel Fry). Porém, é revelado que Cruella é filha biológica da Baronesa, sendo herdeira de todo sua fortuna. E também poderia ter herdado a vilania da milionária, por isso, sempre foi rebelde desde pequena. Mas o que isso tem a ver com Star Wars?
Existe uma conexão entre Cruella e Star Wars?
Reviravoltas como a de Cruella já são comuns na história do entretenimento, desde novelas mexicanas até grandes sagas como Star Wars (alô Darth Vader!). Porém, o portal Collider observou como a necessidade de tal trama (o protagonista ser filho de alguém importante na obra) ser ainda presente nos dias atuais pode ser uma consequência do fracasso da recente trilogia Star Wars.
Cruella, vilã de 101 Dálmatas, seria o Coringa da Disney?Afinal, basta lembrar das grandes críticas que Os Últimos Jedi de Rian Johnson sofreu quando revelou que Rey (Daisy Ridley) era filha de duas pessoas comuns, sem ser a herdeira de alguma linhagem mágica já conhecida da saga de George Lucas. Enquanto alguns consideravam isso como uma das melhores coisas do filme, já que representa como qualquer um pode ser especial; muitos fãs ficaram decepcionadas com tal decisão. Tanto que J.J. Abrams tentou mudar isso na sequência A Ascensão Skywalker, relacionando Rey com Palpatine, mas piorando ainda mais as coisas...
Cruella ser filha da Baronesa pode representar uma forma da Disney andar no lado mais seguro do entretenimento, entregando uma história universal para não afastar o público. Só que surgem dois problemas nisso. Primeiramente, a questão da vilania ser herdada limita a personagem, além de tirar responsabilidade dos atos de Cruella. Em segundo lugar, a noção do especial estar no ordinário é muito importante para ser rejeitada completamente pela arte e pelo público. Afinal, a ideia de que qualquer um pode alcançar o que almeja deveria ser inspiradora para todos, não?