A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é uma nova animação lançada no serviço de streaming da Netflix, dos mesmos produtores de Homem-Aranha no Aranhaverso, Phil Lord e Chris Miller, que é considerado pelo AdoroCinema um dos melhores filmes dos últimos 20 Anos. O filme está fazendo sucesso por causa de seu espetáculo visual e, até mesmo, alcançou a primeira posição no Brasil de produções mais assistidas do catálogo da Netflix. Incrível, não é mesmo?
A história segue Katie Mitchell (Abbi Jacobson), que é aceita na faculdade de cinema dos seus sonhos e seu pai, Rick (Danny McBride), decide aproveitar para realizar uma viagem em família para levá-la à universidade. Porém, seus planos são interrompidos por uma revolução robótica e agora os Mitchells terão que unir forças em família para trabalhar juntos para salvar o mundo.
Como o sonho de Katie é se tornar cineasta, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas está repleto de referências e homenagens à cultura pop que ela tanto ama. Vamos ver algumas delas!
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A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é um filme sobre uma revolta de robôs, então, era de se esperar que a produção seria inspirada na franquia Exterminador do Futuro, com o astro Arnold Schwarzenegger.
Além da inspiração clara na trama, a animação começa com uma homenagem direta ao filme O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final, quando um dos robôs PAL pisa em um smartphone da mesma forma que um dos Exterminadores pisou em um crânio humano no classico de 1991 do diretor James Cameron.
Quando o plano dos Mitchells dá errado, o pai Rick grita: "Vá para a ponte se quiser viver", como uma referência à frase icônica de Schwarzenegger em O Exterminador do Futuro 2: "Venha comigo se quiser viver".
Cartazes de filmes no quarto da Katie
Como uma grande cinéfila, as paredes do quarto de Katie estão repletas de pôsteres de filmes – e podemos dizer que bem diferentões. Temos de Isle of the Snake People (1971), com Boris Karloff; O Monstro do Mar Revolto (1955), um filme sobre um polvo gigante que ataca São Francisco; e Creature With the Atom Brain, que foi lançado como parte de um filme duplo com O Monstro do Mar Revolto.
Além disso, vemos um pôster para o filme de ficção Roboslayers 4, que indica o futuro da família Mitchell como matadores de robôs.
Diretores favoritos de Katie
Na inscrição em vídeo de Katie para a escola de cinema, vemos ela escolhendo os quatro diretores que mais admira: Greta Gerwig, diretora de Lady Bird - A Hora de Voar (2017) e Adoráveis Mulheres (2020); Céline Sciamma, diretora de Retrato de uma Jovem em Chamas (2020) – um dos filmes franceses que você precisa assistir pelo menos uma vez na vida; Lynne Ramsay, diretora de Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011) e Hal Ashby, diretor de Ensina-me a Viver (1971). O que achou dos gostos dela?
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A filmografia de Katie, como pode ser vista em seu vídeo de inscrição na faculdade, está cheia de paródias e homenagens a filmes clássicos do cinema. Dentre eles temos Dial B for Burger, uma homenagem para Disque M Para Matar (1954) de Alfred Hitchcock; Portrait of an Idiot on Fire, uma paródia de Retrato de uma Jovem em Chamas; Going There, paródia de Muito Além do Jardim (1979); Katie and Aaron, sua nova versão de Thelma & Louise (1991); e They Live(D) in the Jurassic Period, uma espécie de combinação do clássico cult Eles Vivem (1988) de John Carpenter com Jurassic Park - Parque dos Dinossauros (1993) de Steven Spielberg.
PAL e 2001: Uma Odisséia no Espaço
PAL é uma Inteligência Artificial, dublada pela atriz vencedora do Oscar Olivia Colman, que se torna vilã por trás da revolta das máquinas depois que Mark Bowman (Eric Andre) a descarta como lixo em troca e robôs aprimorados com IA.
O nome de PAL é uma clara homenagem a HAL, a Inteligência Artificial que também se rebela no clássico 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, um dos melhores filmes espaciais segundo a redação do AdoroCinema. As cabeças dos robôs que são telas pretas com um ponto vermelho brilhante reforçam ainda mais a comparação.
Referência ao clássico do terror O Iluminado
Uma referência bem legal que aparece em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas está presente nas meias de Katie, isso mesmo! Elas têm exatamente o mesmo padrão icônico do carpete do Hotel Overlook, o cenário aterrorizante do clássico do terror O Iluminado (1980), também de Stanley Kubrick, que é uma das melhores adaptações do mestre do terror Stephen King (apesar do autor não gostar nem um pouco).
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O plano de Katie coloca a família Mitchell disfarçados de robôs. Os painéis brancos brilhantes que compõem os corpos dos robôs não são muito diferentes da armadura dos Stormtroopers, então seu plano é uma nova versão da operação de resgate de Luke (Mark Hamill) e Han Solo (Harrison Ford) no primeiro filme de uma das mais polulares franquias do cinema, Guerra nas Estrelas (1977).
Referência ao filme de zumbi O Despertar dos Mortos
Quando os Mitchells chegam para batalhar com o exército robôs comandado por PAL, Katie observa que é como O Despertar dos Mortos (1978), a continuação de George A. Romero para o clássico A Noite dos Mortos-Vivos (1968). Ele é um clássico filme de zumbis e uma abordagem crítica para a cultura de consumo americana.
Rick até mesmo pergunta: “Como o filme acabou?” Alerta de spoiler: quase todos os humanos morrem.
Os Caça-Fantasmas
Katie vai contra o plano de seu pai de apenas ficar parado em vez de tentar parar a revolta das máquinas em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas. Para isso, ela faz uma analogia com o clássico filme Os Caça-Fantasmas (1984), estrelado por Bill Murray: “E se os Caça-Fantasmas dissessem: 'Quer saber? Vamos nos esconder no subsolo. Coma um cachorro. Deixe os fantasmas destruírem Nova York.'”
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O vídeo de Katie dos Mitchells saindo do shopping como durões tem a trilha sonora do músico japonês Tomoyasu Hotei, "Battle Without Honor or Humanity" (“Batalha sem honra ou humanidade”), uma música mais conhecida por ter aparecido em Kill Bill - Volume 1 (2003) de Quentin Tarantino.
Além dessse trecho musical, temos outro que também faz uma homenagem para Kill Bill. Quando a mãe Linda (Maya Rudolph) fica furiosa e depois que os robôs atualizados capturam seu filho Aaron (Michael Rianda), uma sirene toca, como acontecia em Kill Bill sempre que a Noiva (Uma Thurman) via alguém em sua lista de mortes. A música vem originalmente do tema de Quincy Jones para o programa de TV Ironside (1967).
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas está disponível no catálogo da Netflix. Vai lá conferir todas essas referências na animação!