Oscar 2021: Anthony Hopkins agradece ao prêmio de Melhor Ator e presta homenagem à Chadwick Boseman

Anthony Hopkins surpreendeu a todos no Oscar 2021 ao levar o prêmio de Melhor Ator pelo filme Meu Pai, o que tornou ele a pessoa mais velha a vencer a estatueta de Melhor Ator aos 83 anos, fazendo história na premiação mais importante do cinema. Como Hopkins não foi à premiação para receber o prêmio, compartilhou em suas redes sociais um agradecimento nesta manhã de segunda-feira.

O ator – que ganhou o Oscar de Melhor Ator em 1992 por O Silêncio dos Inocentes – falou sobre sua surpreendente vitória no Oscar, recebendo o prêmio de casa em um pequeno vídeo. Na mensagem, Anthony Hopkins estava sorridente, mas claramente surpreso, agradecendo à Academia e prestando uma sincera homenagem ao falecido ator Chadwick Boseman – que era o grande favorito na categoria de Melhor Ator no Oscar 2021 por A Voz Suprema do Blues, seu último papel nos cinemas.

“Estou aqui na minha terra natal, no País de Gales. Aos 83 anos, não esperava receber este prémio, não esperava mesmo. Estou muito grato à Academia”, disse Hopkins. “Quero prestar homenagem a Chadwick Boseman, que nos foi tirado muito cedo. Eu realmente não esperava isso, então me sinto muito privilegiado e honrado”, concluiu.

Na legenda, o ator também agradece ao diretor de Meu Pai, Florian Zeller, sua esposa e família, entre outros. Confira o discurso:

Sobre o que é Meu Pai, ganhador de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar 2021?

Além de dar o segundo Oscar para a carreira de Anthony Hopkins, Meu Pai ainda saiu vencedor do prêmio de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar 2021. Mas, afinal, qual é a história desse filme?

Em Meu Pai, um homem idoso (Anthony Hopkins) recusa toda a ajuda de sua filha à medida que envelhece. Ela está se mudando para Paris e precisa garantir os cuidados dele enquanto estiver fora, buscando encontrar alguém para cuidar do pai. Ao tentar entender suas mudanças, ele começa a duvidar de seus entes queridos, de sua própria mente e até mesmo da estrutura da realidade.

O grande acerto do filme é conseguir deixar o público imerso na mente do protagonista, afinal, o personagem principal de Anthony Hopkins sofre de demência e suas diversas confusões mentais fazem com que o espectador entre em um abismo de desconfiança junto com o protagonista, sem saber exatamente o que é real ou projeção errônea da mente dele. Confira a crítica completa de Meu Pai no AdoroCinema!

“Demência é uma condição em que ocorre perda da função cerebral. É um conjunto de sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, levando a problemas cognitivos, de memória, raciocínio e afetando, também, a linguagem, o comportamento e alterando a própria personalidade”, explica o site MinhaVida.

Para o diretor e roteirista Florian Zeller, esse é o ponto-chave de Meu Pai, que usa recursos para nos fazer adentrar no universo conflituoso na mente do protagonista. “O que eu queria fazer não era contar a história por fora, mas por dentro, e colocar o público em uma posição ativa, como se estivesse na cabeça do personagem principal. Eu queria que Meu Pai fosse um pouco mais do que uma história, mas como uma experiência, como se fosse você [o espectador] que perdesse o rumo", explica.

Com a troca da ordem de categorias anunciadas durante a cerimônia do Oscar 2021, a de Melhor Ator ficou como a última da noite e, após a vitória de Anthony Hopkins, o evento foi encerrado bruscamente, sem o discurso do ator em agradecimento. Hopkins quebrou o recorde como a pessoa mais velha a vencer a estatueta, na frente de nomes como Gary Oldman, Paul Newman, Peter Finch e Henry Fonda, que detinha o título por 39 anos.