O Snyder Cut de Liga da Justiça tem cenas mais violentas e sangrentas do que o público está acostumado em filmes de super-heróis, e também mais personagens morrendo do que na versão de Joss Whedon, que chegou aos cinemas em 2017. O diretor Zack Snyder tem a explicação para essa violência quase explícita: trata-se de demonstrar realisticamente como seria enfrentar super-heróis divinos.
“Sempre sinto que a consequência é importante para mim, que há riscos reais”, justificou o cineasta à Variety. “Ainda é abstrato. Estes são deuses lutando contra homens. O que também faz parte do ponto. Não podemos realmente lutar contra eles. Os humanos não podem realmente lutar contra eles.”
Liga da Justiça - Snyder Cut: Perguntas que ficaram em aberto para a parte 2 do filme da DCO filme da HBO Max tem classificação para maiores nos Estados Unidos — ao contrário da maioria dos longas protagonizados por heróis, que quase sempre são classificados nos Estados Unidos como PG-13 (inadequados para menores de 13 anos), portanto, em grande parte sem sangue.
“Acho que parte disso também está tendo repercussões reais”, complementou a produtora Deborah Snyder, que é esposa do cineasta. “Às vezes, nos [filmes] diluídos em conteúdo ou PG-13, parece um pouco mais irresponsável de uma forma porque não há repercussões.”
Zack Snyder concordou. “Se você não retrata a violência real como violência, para mim, você está reduzindo os riscos em todos os níveis”, disse ele. “Se o super-herói esmaga o carro, e todo o carro explode, e você vê o cara meio que rastejando para fora dos destroços, e você fica tipo, 'tudo bem, ainda é PG-13, o fato de você não mostrar o sangue é um tecnicismo'. A violência ainda está lá. Eu quero uma representação verdadeira da violência. Eu não quero disfarçar.”
25 diretores que mais mataram em seus filmesMulher-Maravilha protagoniza cena violenta no Snyder Cut
Um exemplo claro acontece aproximadamente 25 minutos após o início de Liga da Justiça de Zack Snyder: a Mulher-Maravilha (Gal Gadot) irrompe em uma sala cheia de terroristas decididos a explodir o prédio inteiro — e os alunos presos lá com eles. Com meros segundos restantes antes da explosão da bomba, Diana Prince atinge cada terrorista, jogando-os com força contra as paredes, antes que ela agarre a bomba, salte pelo teto e atire-a alto no ar onde ela explode, não ferindo ninguém.
Tal cena se desenrolou mais ou menos da mesma maneira na versão de Liga da Justiça de 2017, que foi concluído sem o envolvimento de Zack Snyder. Mas no corte do diretor, atualmente transmitido pela HBO Max, há uma diferença crucial e notável: quando a Mulher Maravilha joga esses terroristas contra a parede, eles caem de cabeça e deixam respingos de sangue para trás enquanto caem no chão.
Liga da Justiça: Snyder Cut tem cena pós-créditos?“É um puro exercício de liberdade criativa”, explicou Snyder. “Vamos fazer exatamente da maneira que faríamos se não houvesse um quadro de classificação”, disse ele sobre a orientação para sua equipe. “Não vamos adivinhar. Vamos apenas fazer da maneira que acharmos mais legal. Essa foi a abordagem filosófica.”
Esta não é a primeira vez que Zack Snyder lança outra versão de um filme seu sem “pudores”. Em 2016, o cineasta lançou a Ultimate Edition de Batman Vs Superman. Originalmente, o longa protagonizado por Henry Cavill e Ben Affleck foi classificado como PG-13, mas recebeu uma versão para maiores em um lançamento para plataformas digitais e home video.
Como assistir ao Snyder Cut de Liga da Justiça?
Com mais de 4 horas de duração, o Snyder Cut de Liga da Justiça já pode ser assistido no Brasil através de plataformas digitais, incluindo Apple TV, Claro, Google Play, Looke, Microsoft, Playstation, Sky, Uol Play, Vivo e WatchBr.
O aluguel pelo valor de 49,90 reais estará disponível por tempo tempo limitado, até o dia 07 de abril. Depois disso, a produção fará parte do catálogo exclusivo da HBO Max, que chega por aqui em junho.
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