Aaron Sorkin, roteirista de A Rede Social, mais uma vez revela que quer escrever sequência para o premiado filme, mas que tem apenas uma condição para dar início aos seus planos. Em entrevista ao podcast Happy Sad Confused, o vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado afirma que só vai dar continuidade ao filme se David Fincher retornar como diretor.
Sorkin e Fincher trabalharam juntos no filme biográfico sobre Mark Zuckerberg lançado em 2010 e foram uns dos responsáveis pela conquista de mais de 30 prêmios que A Rede Social recebeu, entre Oscar, BAFTA, César e Globo de Ouro.
“Eu quero ver isso (a volta de Fincher). E o mesmo acontece com o produtor do filme original, Scott Rudin. As pessoas têm falado comigo sobre isso. O que descobrimos é o lado obscuro do Facebook. Eu quero escrever esse filme? Sim. Mas só vou escrever se David dirigir. Se Billy Wilder voltasse do túmulo e dissesse que queria dirigi-lo, eu diria que só faria com David.”
Qual a história da sequência de A Rede Social?
Quanto à nova descoberta, Sorkin está se referindo à história de Roger McNamee, um dos investidores do Facebook quando o projeto estava em fase inicial e Mark Zuckerberg ainda era inexperiente. O empresário ficou tão insatisfeito com a parceria com o dono da rede social que escreveu um livro chamado "Zucked!", que analisa como o serviço ajuda a espalhar desinformação política - como já foi denunciado pelo filme O Dilema das Redes.
Mas, ao contrário da réplica do Facebook ao documentário da Netflix, dessa vez parece que Mark Zuckerberg e a CEO da mídia social, Sheryl Sandberg, não querem falar sobre o assunto. É o que Aaron Sorkin revela ao relembrar uma de suas conversas com McNamee:
“Sandberg e Zuckerberg parecem desinteressados em fazer qualquer coisa a respeito. Tudo isso acaba com McNamee em uma sala de conferência segura no porão do Senado, informando aos membros do subcomitê de Inteligência do Senado sobre como o Facebook está derrubando a democracia. Temos um grande problema aqui e algo precisa ser feito sobre isso.”
A aparição de Aaron Sorkin no podcast teve como objetivo a divulgação do novo filme Os 7 de Chicago, em que é diretor e roteirista. O longa chega ao catálogo da Netflix em 16 de outubro e acompanha a história real de sete réus acusados, pelo governo dos Estados Unidos, de conspiração, incitação à revolta e protestos contraculturais e contra a Guerra do Vietnã. Entre os principais nomes no elenco, estão Eddie Redmayne, Alex Sharp, Yahya Abdul-Mateen II, Sacha Baron Cohen e Jeremy Strong.