Recentemente, a febre Dark pegou de surpresa vários espectadores da Netflix, que acabaram se viciando tão rapidamente na série sobre viagem no tempo, que mal tiveram tempo para processar a maratona. No entanto, tão rápido quanto começou, o fenômeno teve fim, já que a terceira temporada da obra foi também a última, marcando um encerramento emblemático e muito bem avaliado pela crítica.
Como os fãs estão sempre em busca de uma coisa para substituir a outra, uma estreia recente a ser adquirida pela catálogo da Netflix começou a ganhar o coração dos que sentiam falta da trama envolvendo multiversos e ficção científica: trata-se do filme A Caverna, do ano de 2017, estrelado por Andrew Wilson (Passe Livre).
HISTÓRIA E RECEPÇÃO
Lançado em 2017, o filme originalmente não havia tido uma boa recepção da crítica especializada, que chegou a chamá-lo de "desorganizado" e alegava problemas em relação a seu ritmo. No entanto, o filme caiu nas graças de parte do público, que o colocou inclusive entre os 10 mais assistidos da plataforma aqui em terreno nacional, talvez devido a uma certa impulsão ou saudades de Dark.
Na história, um grupo de estudantes de arqueologia vai até uma caverna misterisa procurar por seu professor que acabou sumindo por lá. No entanto, uma vez dentro da caverna eles descobrem que ali o tempo passa de uma maneira diferente: minutos lá dentro podem significar dias, semanas e até mesmo anos do lado de fora da Terra.
Assim, quando eles saem da fenda temporal, descobrem que a Terra sequer é habitável novamente e que a fenda temporal envolve até mesmo elementos como seres interplanetários, homens das cavernas e outros possíveis viajantes do tempo.
SEMELHANÇAS COM DARK
Em relação à possível semelhança com Dark, A Caverna pode até ser considerado de uma premissa relativamente parecida, no entanto mil vezes mais simplista. Enquanto na série alemã a viagem temporal é apenas mais um elemento em meio a tantos outros, como por exemplo o fim do mundo e as relações interpessoais, A Caverna se sustenta (ou tenta) quase que totalmente na viagem do tempo presente na caverna.
Uma semelhança que talvez seja acidental entre ambos é o quanto os anos 80 influenciam. Em Dark, por exemplo, há diversas referências à cultura oitentista, por razões evidentes, mas aqui é possível que a narrativa remeta o espectador à época devido a inspirações em filmes de terror desta década, como por exemplo Gremlins, Cemitério Maldito e O Enigma de Outro Mundo.
No final das contas, se você gosta de Dark, é até possível que se interesse por A Caverna, mas recomendo que vá já sabendo que o filme é consideravelmente inferior, especialmente por misturar tantas coisas diferentes em tão pouco tempo. Mas pode ser que divirta, não é mesmo?