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    Os Irmãos Willoughby: Lições que a animação da Netflix traz para levar para a vida

    Uma história para crianças e adultos!

    Após o sucesso de Klaus e Next Gen, duas animações que receberam elogios pela construção da história e visual impecável, a Netflix possui uma nova opção no catálogo que tem a capacidade de divertir dois públicos: o infantil e o adulto. Os irmãos Willoughby é capaz de proporcionar sérias reflexões sobre abandono familar dentro de uma roupagem colorida e caprichosa, sem nunca se desequilibrar entre uma coisa e outra.

    Dirigido por Kris Pearn e com a dublagem original de Ricky Gervais, Maya Rudolph e Terry Crews, a animação conta a história de quatro crianças da família Willoughby que são completamente negligenciadas pelos próprios pais. Vivendo sem afeto e implorando por refeições, o quarteto vê a vida mudar quando um bebê é posto na porta de sua residência. Após tal fato misterioso, novos personagens nos são apresentados - como uma babá zelosa e um comandante dono de uma fábrica de doces.

    Os Irmãos Willoughby possui um certo ar da aventura Desventuras em Série, que ganhou uma versão cinematográfica com Jim Carrey. Quem narra a história aqui é um gato (Gervais) que acompanha os personagens principais ao longo da narrativa repleta de altos e baixos, característica essa que proporciona uma sensação de conto literário. E, além de promover uma experiência divertida e reflexiva, a animação destaca três ensinamentos importantes para os pequenos e também para os mais velhos.

    APRENDER A CONFIAR NOS OUTROS

    Ao longo da jornada repleta de surpresas, as crianças aprendem (ou melhor, reaprendem) a confiar uns nos outros e, especialmente, em pessoas que nunca viram na vida. Essa lição é importante quando temos em vista que as únicas figuras em quem eles se apoiavam eram nos pais irresponsáveis que nunca lhe deram a devida atenção. Portanto, além deles reconhecerem o que é confiança e amor de verdade, eles imediatamente compreendem que seu antigo estilo de vida não era o que eles mereciam de verdade - o que também envolve a vontade de Tim em se livrar de seus pais para que ele e seus irmãos vivam sozinhos.

    FAMÍLIA TAMBÉM PODE SER ESCOLHA

    Quando a Babá e o Comandante Melanoff entram na vida do quarteto de irmãos, todos os personagens vão, aos poucos, se habituando com cada personalidade e peculiaridades. E, quando todos ali embarcam na mesma aventura, a formação de uma nova família é a melhor consequência que os Willoughby podem encontrar. A animação deixa bem claro que há pessoas que não são feitas para terem filhos, ao passo que há outras extremamente bondosas e prontas para ajudar a quem necessita de um lar ou, especialmente, de companhia e amor. No início, as crianças tinham um enorme lar ao seu dispor, mas as imagens destacavam uma sensação de enorme vazio diante do menosprezo dos próprios pais. Já no fim, ao lado de Melanoff e a Babá, os protagonistas entendem que é a família quem faz o melhor lar, e não o contrário.

    DIVIDIR A VIDA COM QUEM SE AMA É MUITO MELHOR

    Desde o início da história, Tim, o filho mais velho, sempre possuiu um senso de dever para cuidar de seus três irmãos. Naturalmente engajado e curioso, é ele quem direciona a história de forma completa. Mas, mais do que isso, é ele quem cria inúmeros momentos de diversão e sentimento ao lado de todos os personagens, o que resulta num compilado de momentos que vão do cômico ao emotivo em questão de minutos. Por fim, os irmãos Willoughby ganham muito mais força quando estão juntos e passam a se conhecer de forma mais aprofundada durante a missão que escolhem seguir.

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