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    Harvey Weinstein é considerado culpado de acusações de estupro e agressão sexual

    Ex-produtor de Hollywood terá sua pena anunciada em março.

    Getty Images / Spencer Platt

    O produtor de cinema Harvey Weinstein foi considerado culpado por um juri em Nova York nesta segunda-feira (24), por crimes de agressão sexual e estupro em terceiro grau. Porém, ele foi absolvido de duas acusações de agressão sexual predatória, que poderiam levá-lo à prisão perpétua. 

    As condenações foram baseadas nos depoimentos de duas vítimas, a assistente de produção Miriam Haley e a atriz Jessica Mann. O juri, formado por sete homens e cinco mulheres, passou cinco dias deliberando antes de alcançar um veredicto. O juiz James Burke ordenou que Weinstein fosse levado imediatamente sob custódia, e que a sentença seja anunciada em 11 de março. O executivo norte-americano de 67 anos pode pegar de 5 a 25 anos de prisão pela condenação de agressão sexual, além de 18 meses a quatro anos pela de estupro. 

    Getty Images / Scott Heins

    O julgamento durou seis semanas e teve o testemunho de seis mulheres que acusaram Weinstein de crimes sexuais cometidos nas últimas três décadas. Ele ainda enfrenta acusações em Los Angeles. A condenação marca o principal acontecimento desde que as primeiras denúncias contra o executivo surgiram em outubro de 2017, que deram origem à hashtag #MeToo e estimularam uma onda de acusações contra outras figuras da indústria do entretenimento.

    "Este julgamento -- e a decisão do juri -- marcam uma nova era de justiça (...) para todas as sobreviventes de assédio, abuso e agressão no trabalho", definiu Tina Tchen, presidente da Time's Up Foundation, formada para prevenir casos de assédio sexual.

    Atrizes como Mira Sorvino e Rosanna Arquette, que afirmam terem sido assediadas sexualmente por Weinstein, também emitiram declarações: "Gratidão pelas mulheres corajosas que testemunharam, e para o juri, que enxergou as táticas sujas da defesa. Nós iremos mudar as leis no futuro, para que as vítimas de estupro sejam ouvidas e não desacreditadas, e para que seja mais fácil para as pessoas denunciarem estupros", escreveu Arquette. "É o começo da justiça. Tem mais vindo aí, minhas irmãs", acrescentou Sorvino.

     

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