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    Festival de Berlim 2020: Kleber Mendonça Filho afirma que a atual fase do cinema brasileiro está sendo sabotada

    Diretor integra o júri internacional da 70ª edição da Berlinale e participou da coletiva de imprensa no dia de abertura.

    A 70ª Berlinale começou oficialmente nesta quinta-feira, 20, com a exibição de My Salinger Year à imprensa e com a tradicional coletiva composta pelo júri responsável a escolher os vencedores dos Ursos de Ouro e Prata. 

    Integrando o time capitaneado pelo ator Jeremy Irons, estão Bérénice Bejo, Luca Marinelli, Kenneth Lonergan, Annemarie JacirBettina Brokemper e Kleber Mendonça Filho. Aproveitando o momento e as perguntas endereçadas a ele, o cineasta brasileiro registrou seus comentários sobre questões políticas envolvendo o cenário cinematográfico brasileiro. E pontuou que o próprio diretor artístico da Berlinale, Carlo Chatrian, também se mostra bastante preocupado.

    Tal cenário chega a ser irônico, pois em 2020 um recorde foi batido até então: este ano temos 19 produções brasileiras selecionadas para exibição no festival, incluindo longas, curtas e médias-metragens. "Sim, estou preocupado", disse à imprensa. "Atualmente temos por volta de 600 projetos de cinema e televisão congelados. O Brasil já passou por um longo caminho no cinema e a nossa indústria tem uma longa história. É muito diverso. Tudo isso de bom que está acontecendo agora é resultado de 20 anos de trabalho tudo; e é isso o que estão querendo desmontar e sabotar agora."

    Kleber Mendonça Filho também registrou seu luto pela morte de José Mojica Marins, afirmando que sempre foi apaixonado pelo cinema de gênero e o cineasta sempre será lembrado como um dos maiores do Brasil.

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