Nesta semana, chega aos cinemas brasileiros o terror O Juízo. Com roteiro de Fernanda Torres, o longa traz para o suspense vários elementos nacionais, como a escravidão e o misticismo.
O Juízo acompanha Augusto (Felipe Camargo) e sua esposa Tereza (Carol Castro) que se mudam com o filho Marinho (Joaquim Torres Waddington) para uma fazenda isolada no interior de Minas Gerais para reconstruírem sua vida. Porém, ao chegar ao local, Augusto começa a perceber que o local é habitado pelo espírito de Couraça (Criolo), um antigo escravo que foi traído pelos antepassados da família.
Em uma entrevista ao AdoroCinema, o diretor Andrucha Waddington explicou quais os desafios de se fazer um filme do genêro no cenário nacional. "Esse filme demorou o dobro de tempo. Você tem que criar um clima, você tem uma série de especificidades. Você não pode errar para não ficar caricato, pois é muito tênue a linha", declara o cineasta.
"O Brasil tem várias coisas que servem ao gênero. Ele é extramente místico. Ela tem a escravidão. Tem o extrativismo, que fala da ganância", completa a atriz e roteirista Fernanda Torres ao falar da relação do gênero com o país.
Quando questionados sobre que tipo de terror brasileiro achavam que daria um bom filme, a equipe do longa acaba trazendo exemplos cotidianos. "A invasão de Paraisópolis daria um terror...", começa Fernanda. "E amanhã possivelmente outro caso. Aliás, podia ter o terror político também, pois tema é o que não falta mais", completa Camargo.
Assista acima à entrevista completa com a equipe de O Juízo.