Poe Dameron, o piloto da Resistência interpretado por Oscar Isaac na atual trilogia Star Wars, promete ter uma presença importante no desfecho do Episódio IX: A Ascensão Skywalker — pelo menos é o que indicam os trailers e fotos promocionais do filme que estreia em 19 de dezembro. Mas, definitivamente, o fator de maior destaque sobre o personagem tem sido sua relação com o ex-stormtrooper Finn, interpretado por John Boyega. No que dependesse do apoio dos fãs, o romance entre os dois rapazes deveria se concretizar. E Isaac concorda.
Em agosto, em entrevista a um grupo de jornalistas (do qual o AdoroCinema fez parte), o ator de 40 anos definiu como “uma coisa linda” o “ship” dos fãs sobre os dois heróis. “Acho que existe uma química real entre Poe e Finn, e entre eu e John”, Isaac diz. “Nós nos adoramos profundamente e o fato de que isso seja aparente é algo muito especial. É incrível o fato de muitos fãs amarem isso e se permitirem imaginar o que pode haver ali.”
Nascido na Guatemala, Isaac imigrou com a família para os Estados Unidos quando tinha cinco anos e não demorou a se adaptar à cultura local. “Eu sempre fui um grande fã de Star Wars quando criança. Lembro do meu pai me levar ao cinema para ver O Retorno de Jedi”, ele lembra. “Meu tio é obcecado. Ele se tornou artista e designer gráfico por causa de Star Wars. Ele montava seus próprios brinquedos e eu meus primos quebrávamos tudo. Minha família inteira é muito fã, então isso sempre fez parte de minha cultura enquanto eu crescia."
Descrevendo sua entrada no universo Star Wars como “uma jornada bizarra que eu nunca poderia imaginar”, Isaac revelou que o destino de Poe Dameron estava previsto para ser bem diferente antes das filmagens de O Despertar da Força. “Eu fui para Paris para me reunir com J.J. [Abrams, diretor], Kathy [Kennedy, presidente da Lucasfilm] e Lawrence Kasdan [roteirista] para eles me apresentarem o personagem. J.J. falou: ‘É um papel pequeno que estabelece toda a história, daí ele morre de maneira espetacular com 20 minutos de filme’. Então eu respondi: ‘Ok, parece ótimo, eu adoraria pensar a respeito’.”
Ele continua: “Voltei para casa e tive a audácia de refletir por um tempo sobre o convite [risos]. Daí decidi que eu precisava participar. Quando liguei para J.J. para dizer que aceitava, ele falou: ‘Então, só que eu mudei de ideia, o personagem vai estar no filme inteiro. Agora você vai ter de fazer um teste.’ Ou seja, naquele dia eu não soube se tinha mesmo conseguido o papel, já que havia mais esse obstáculo para superar. Porque eles não sabiam como o Poe funcionaria ao lado dos outros personagens.”
Isaac, que desembarca no Brasil essa semana ao lado de Boyega, Abrams e Daisy Ridley (Rey) para um painel na CCXP 2019, no sábado (7), ainda se diz atordoado pelo impacto cultural de Star Wars. “É divertido imaginar o que mais vai acontecer”, ele teoriza. “Tipo, hoje nós vimos os novos brinquedos pela primeira vez. Haverá vários romances e quadrinhos escritos sobre esses personagens, temos todas essas fan arts e fan fictions... Não dá para prever como esse negócio ganha vida própria e inspira enormemente a imaginação das pessoas.”
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