Antes de ser a personagem-título em Dora e a Cidade Perdida, Isabela Merced já estava mais do que familiarizada com a popular animação infantil. Em entrevista exclusiva concedida ao AdoroCinema, a atriz conta como aquele papel a preparou para o atual — que, aliás, já está nos cinemas.
"Por mais incrível que pareça, esses dois papéis não tiveram uma relação", explicou. "Quando eu estava no programa, com voz apenas, eu tinha apenas nove anos e estava seguindo uma carreira musical em Nova York do tipo Broadway. Mas, agora, anos depois com o filme da Dora, eu acho que eu devo parecer com ela, por isso que eles devem ter me procurando para fazer o filme. Então, vamos lá. Eu conhecia a Dora naquele momento e acho que assistí-la, ou simplesmente ouvi-la, meio que me ajudou a me acostumar com ela e com o som de sua voz, porque, no programa que eu participei, ela era uma adolescente."
Para Nicholas Coombe, que interpreta um dos novos personagens, Randy, a pressão foi menor justamente por não haver este tipo de comparação:
"Eu, particularmente, achei que foi menos estressante trazer um novo personagem para a franquia", confessou. "Todos cresceram assistindo a Dora na infância. Então, trazer o Randy para essa franquia foi uma experiência bem divertida. Eu acho que ele é um cara bem engraçado e o James [Bobin, diretor] nos deu essa liberdade para criar nossos personagens. Eu trabalhei com o James e ele permitia que a gente trouxesse essas coisas mais engraçadas."
Madeleine Madden, que vive a mesma situação com a personagem Sammy, concorda:
"Eu acho que nenhum de nós tinha tanta pressão quanto o Jeff [Wahlberg, intérprete de Diego] e a Bela. É, isso é outra coisa."
Além deles, o live-action traz Eugenio Derbez como Alejandro, um professor da Universidade de San Marcos e o grande antagonista da história. "Eu não posso falar nada sobre o meu personagem porque não quero dar spoilers, mas no filme eu sou um cara misterioso", adianta. "Eu sou quem leva as crianças para a selva, mas é difícil quando você está fazendo… Eu não posso dizer o que eu estou fazendo. É difícil descrever esse personagem, você precisa assistir ao filme."
De acordo com o diretor James Bobin, há uma questão entre diferenciar o live-action do programa ao construir um tom autoral em uma adaptação:
"Com a Dora, é interessante porque não é um remake do programa de TV. O programa de TV procura atingir crianças bem pequenas, o que é incrível porque ela é uma garotinha muito doce e ela fala muito de educação. O filme, no entanto, está pegando a ideia do que aquele personagem é e levando para um grupo de pessoas mais velhas. Um pouco porque são pessoas que cresceram com ela e também porque, como filme, é mais uma aventura mesmo, uma viagem em nível mais prático. Mas, eu senti isso com “Os Muppets” alguns anos atrás, eu senti uma responsabilidade e, a Dora é alguém que todos conhecem", constatou.
"Normalmente, [a memória afetiva] é tipo 'não arruinem a minha infância', mas eu não farei isso, eu prometo. Eu sempre vou diretamente ao personagem, mas, ao mesmo tempo, quando eu quero trazer algo da comédia, eu faço algo mais como uma Dora surpreendente, uma nova Dora mas que mantém as mesmas qualidades incríveis, a positividade, a inteligência, não se importando com o que as pessoas pensam sobre ela. Mas, ao mesmo tempo, é engraçado e a Isabela está muito engraçada nesse filme."
Confira a entrevista completa (em vídeo) acima.
*O AdoroCinema viajou até o México a convite da Paramount Pictures.