Não é de hoje que Dora, a Aventureira vem encantando crianças mundo afora, mas agora a personagem tem um novo desafio: trazer seu universo para as telonas do cinema! No comando da missão está James Bobin, diretor britânico responsável por escalar Isabela Merced para interpretar a icônica personagem no live-action.
No desenho, Dora é uma menina de origem latina, de aproximadamente seis anos de idade, que está sempre em busca de aventuras. Com um formato educativo, o programa tinha como destaque as interações da garota com os telespectadores, pautadas principalmente no ensino de palavras em espanhol (inglês, no Brasil) para a criançada.
Portanto, discutir a representatividade latina na cultura popular, principalmente no cinema norte-americano, também faz parte da proposta de Dora e a Cidade Perdida, a ser lançado nos cinemas brasileiros em 14 de novembro. A convite da Paramount Pictures, o AdoroCinema viajou até Los Angeles para entrevistar diretor e elenco do longa, e o resultado foi uma conversa sobre diversidade, família e sonhos.
“É importante fazer com que as crianças saibam que não têm nada de errado em ser latino, eu acho que vai ser bem inspirador para todas as crianças, principalmente as latinas, ver um personagem que tem o mesmo tom de pele delas, que se parece com elas, e tem uma mensagem positiva”, afirmou o ator Eugenio Derbez, intérprete do misterioso Alejandro.
Já a protagonista Isabela Merced se preocupa com a possibilidade de que o debate sobre representatividade seja apenas uma fase em Hollywood.
“Eu espero que [o debate] dure mais tempo, que a gente dê mais credibilidade a esse tipo de movimento, para que produtores e roteiristas latinos na indústria tragam suas verdades e contem suas histórias. Acho também que é um trabalho que começa com os atores, mostrando para as crianças que elas podem crescer sendo algo além do que Hollywood diz que você deve ser”, afirma Merced, que nasceu nos Estados Unidos, mas tem fortes laços com a cultura latina por conta de sua mãe peruana.
Para Eva Longoria, uma das atrizes mais influentes em Hollywood na militância feminista, e intérprete da mãe de Dora, latinos foram retratados de maneira estereotipada por muito tempo na televisão e no cinema. Ela acredita que Dora e a Cidade Perdida dá um importante passo no sentido de desconstruir preconceitos e explorar a beleza das culturas latinas.
“Vai ser um filme importante, principalmente para as meninas latinas, que vão olhar para essa garotinha e pensar: ‘Nossa, como ela é esperta e corajosa! Eu quero ser como ela!’. Dora é basicamente a nossa primeira super heroína latina”, afirma Longoria.
Dora e a Cidade Perdida chega aos cinema brasileiros no dia 14 de novembro. A entrevista completa com o diretor e elenco pode ser assistida no vídeo acima.