Coringa só chega aos cinemas em 3 de outubro, mas sua pré-estreia no Chinese Theater, em Los Angeles, acontece esse sábado (28). Apesar do longa provavelmente ser a estreia mais aguardada do mês, a Warner quer manter a cobertura da imprensa distante do evento e restringiu o acesso de jornalistas ao tapete vermelho.
De acordo com um porta-voz do estúdio via Variety, o evento só receberá fotógrafos. "Muito tem sido dito sobre Coringa, então sentimos que é o momento das pessoas simplesmente irem assistir ao filme." A restrição vem após diversas críticas à violência do filme, preocupações em relação a reações violentas do público e até mesmo ameaças de tiroteios encontradas pelo exército americano.
Desde sua estreia no Festival de Veneza, muito tem se falado sobre a abordagem do violento protagonista do longa, que alguns acreditam ser tratado de maneira empática. Ainda não há suspeito ou ameaça concreta confirmada pela polícia ou exército americano, mas as preocupações da população são compreensíveis. Além da epidemia de massacres a mão armada que o país vive, em 2012 um assassino inspirado pelo Coringa vivido por Heath Ledger realizou um tiroteio em uma sessão de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge em um cinema de Aurora, no Colorado.
As famílias das vítimas do massacre de Aurora enviaram uma carta a CEO da Warner, Ann Sarnoff, pedindo que o estúdio deixasse de apoiar candidatos que recebem dinheiro da NRA (Organização Nacional do Rifle) e votam contra o controle armamentista. Em resposta, a Warner declarou que "o personagem fictício Coringa, nem seu filme, são uma aprovação à violência do mundo real de nenhuma forma. Não é a intenção do filme, os cineastas ou o estúdio que o personagem seja visto como um herói."
O longa gira em torno de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um homem com problemas mentais que trabalha como palhaço. Quando ele perde o emprego, é perturbado por homens na rua e começa a ter reações violentas, ele se afasta cada vez mais da realidade. Leia a crítica do AdoroCinema.