Recentemente, a HBO trouxe de volta à tona de uma das maiores polêmicas da história da música, através da exibição de seu documentário Deixando Neverland. Com quatro horas de duração, o longa mostrou as densas declarações de Wade Robson e James Safechuck, que conheceram Michael Jackson durante a infância e afirmaram ter sido abusados sexualmente pelo astro.
Poucos meses depois das primeiras reações à obra, a família do cantor classificou a narrativa como "mentirosa e manipuladora", e ainda processou a HBO em US$ 100 milhões por quebra de contrato. A ação judicial aconteceu sob a justificativa de que a emissora havia assinado certos termos em 1992, ao televionar Michael Jackson in Concert in Bucharest: The Dangerous Tour, que a comprometiam a não fazer comentários depreciativos que pudessem prejudicar a imagem pública de Michael.
Na justificativa dos advogados da família, a HBO lucrou ao exibir o show em 92 e agora está lucrando de novo, mas da maneira inversa: através do que ele classifica como "calúnias". A emissora, então, prontamente moveu um pedido para impedir que o processo pudesse continuar nos tribunais, mas, de acordo com o Deadline, seu pedido foi negado.
HBO
"A HBO vem tentando de tudo para impedir que uma audiência aconteça, em vez de simplesmente admitir o próprio erro", dizem os advogados que estão representando a família de Jackson. Em comunicado oficial, a emissora relatou estar à espera da decisão do juiz George Wu. Deixando Neverland, enquanto isso, recentemente ganhou o prêmio de Melhor Documentário no Creative Arts Emmys de 2019.